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Fórum de Mulheres organiza ato político e cultural contra a violência

Em 25 de novembro, o mundo inteiro celebra o Dia Internacional da Não-Violência Contra as Mulheres, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1999. A data alude ao assassinato das irmãs Mirabal (Pátria, Minerva e Maria Teresa), conhecidas como “Las Mariposas” pela ditadura de Rafael Trujillo na República Dominicana, a quem faziam oposição. Lembrando a data internacional, o Fórum de Mulheres do Espírito Santo (Fomes) organiza nesta sexta-feira (23) um ato político e cultural para levantar a questão do feminicídio e outras violências contra a mulher no Estado, que há muito tempo figura entre os de maior índice no país.

Com concentração na Praça Costa Pereira, no Centro de Vitória, às 17h, o evento terá microfone aberto com tribuna livre alternado com intervenções culturais como poesia, performance e música. Será instalado um varal de poesia com versos de poetisas feministas e que fazem o debate de gênero. Da concentração, o grupo deve sair em cortejo pelas principais ruas do Centro da cidade no horário de saída dos trabalhadores, levando percussão e outras manifestações culturais buscando ampliar o diálogo com a população e visibilizar a causa.

Para Bruna Gati, integrante do Fomes, lembrar a data é muito necessário por conta da violência de gênero cotidiana que as mulheres sofrem. “A gente pode dar vários exemplos, desde o assédio, violência psicológica, estupro, chegando ao ápice dos assassinatos, que chamamos de feminicídio. O feminicídio geralmente é a ponta o iceberg, o cume de uma violência que se manifesta de várias outras formas. Em geral estas e outras violências que muitas vezes antecedem o feminicídio são legitimadas ou invisibilizadas. Enquanto essa realidade persistir é preciso denunciar e combater essa violência”, explica.

Ela questiona a política de austeridade do governo Paulo Hartung, que ganhou destaque na imprensa nacional, mas gera falta de recurso em várias áreas fundamentais. “As pessoas estão morrendo e isso também precisa ser questionado. As estruturas de acolhimento e proteção das mulheres, de combate à violência estão absolutamente carentes de recursos e investimentos. É preciso garantir a vida das mulheres e os cortes de recursos em nada contribuem para melhorar esses índices que temos hoje”.

O Fórum de Mulheres foi criado em 1992 como espaço feminista e de organização das mulheres, aberto ao debate para articular a luta em defesa dos direitos das mulheres junto a outros movimentos sociais. Nesta quinta-feira (24), integrantes do Fomes ainda participam do Seminário Respeita as Mina, organizado pela Associação Gold na Universidade Federal do Estado (Ufes). Em pauta está a violência contra mulheres lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais no Brasil e no Espírito Santo. Confira a programação.

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