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Gandini aciona MPES para cobrar retomada do Porta a Porta em Vitória

Serviço de transporte para cadeirantes está suspenso pela prefeitura desde o dia 13 de março

Tati Beling/Ales

O deputado estadual Fabrício Gandini (Cidadania) acionou o Ministério Público do Espírito Santo (MPES) cobrando o retorno imediato do Porta a Porta, em Vitória. Suspenso há quase duas semanas, o serviço realiza o transporte de cadeirantes na Capital, mas foi interrompido sob alegação de que a licitação com a empresa não foi renovada.

“É um absurdo que a população que mais precisa seja punida por causa da falta de gestão e incompetência. Desmontaram o agendamento online na saúde, agora o desmonte do Porta a Porta (…) Não podemos retroceder no que a população já conquistou minimamente (…). Vamos continuar exigindo que os governos cumpram o seu papel”, declarou o deputado nas redes sociais.

Na ação, protocolada junto à Promotoria de Justiça Cível de Vitória, o deputado solicita a apuração dos motivos pelos quais o serviço foi interrompido e pede que a promotora Sandra Ferreira adote medidas para a retomada do atendimento. “Até porque, tinha previsão de término da licitação e ninguém se movimentou para que houvesse a renovação em tempo hábil de não interromper o serviço”, aponta Gandini.

O atendimento está interrompido desde o dia 13 de março, quando os usuários receberam uma mensagem da Secretaria de Transportes, Trânsito e Infraestrutura Urbana (Setran), informando que a licitação não foi renovada. A pasta alega que o contrato com a empresa responsável pelo serviço se encerrou e a mesma não teve interesse em renovar.

No dia 17 de março, a vereadora Camila Valadão também enviou uma indicação ao executivo, solicitando que a prefeitura e as secretarias competentes solucionassem o problema. A parlamentar pediu a adoção de medidas provisórias para garantir a continuidade do serviço de transporte aos usuários do sistema, além de enviar um requerimento cobrando respostas sobre a suspensão. “É inaceitável que esse serviço tão fundamental tenha sido suspenso. Nosso mandato já está se mobilizando em defesa da continuidade do programa”, destacou.

Enquanto isso, moradores da Capital seguem sem poder contar com o sistema. Nesta sexta-feira (25), pessoas que precisam do transporte relataram que continuam sem os serviços. “Até agora nada. Estamos perdidos, sem apoio algum”, declara Geiza Santos, mãe de um dos usuários do Porta a Porta.

Ela é uma das manifestantes que estiveram em frente à sede da prefeitura, no último dia 15, denunciando a paralisação dos serviços na Capital. Os usuários foram ao gabinete do prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos) buscar alternativas, mas foram informados por um servidor que não há previsão de retomada dos serviços. “É um desmonte da Prefeitura de Vitória, é um desmonte dos direitos humanos, é um desmonte generalizado”, denunciaram na ocasião.

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