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Gold faz ‘vaquinha’ eletrônica para adquirir sede própria

“Casa Nova da Gold” é o nome da “vaquinha” eletrônica que a Associação Grupo Orgulho, Liberdade e Dignidade (Gold) está promovendo para arrecadar fundos e adquirir uma sede própria.

Atuando desde 2005 no Espírito Santo, a Gold é uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos, reconhecida especialmente por seu trabalho com a população de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexo (LGBTI).

Mas sua atuação vai além, e visa contribuir “para uma democracia sem discriminação, levando informação sobre Saúde e Cidadania às populações mais vulneráveis”. O trabalho já foi premiado duas vezes, com o Prêmio Estadual de Direitos Humanos em 2016 e com Prêmio Dom Luis Gonzaga Fernandes da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Aproveitando uma oportunidade única que lhe foi oferecida – preço baixo e prazo estendido –, a Gold tem a meta de conseguir a quantia de R$ 40 mil até o dia 15 de setembro. A ideia é economizar o valor do aluguel mensal e, assim, poder ampliar seu trabalho. “Ajude-nos a ajudar” é o chamado da entidade, na página da vaquinha.

Além do trabalho junto às populações-chave, a Gold também atua em espaços de construção de políticas públicas com a Prefeitura de Vitória e o governo do Estado em quatro Conselhos, o Municipal de Direitos Humanos (CMDH) e os Estaduais de Direitos Humanos (CEDH), de Assistência Social (CEAS) e de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (CELGBT+ES).

Atualmente, a presidente da Gold, Deborah Sabará, é também presidente do CEDH, sendo a primeira travesti a assumir a importante função. Quando assumiu interinamente, em abril, Deborah falou, a Século Diário, sobre os desafios que terá pela frente no Conselho, destacando a população carcerária capixaba, que tem 21 mil presos, sendo que 40% estão privados de liberdade sem julgamento.

A presidente do Gold também enfatizou sua intenção de lutar por um melhor entendimento do conceito de direitos humanos, que ainda é interpretado, por parcela significativa da população, como “defender bandidos”.

“O que é ser bandido? É só quem está num presídio? Num Palácio todas as pessoas são honestas? Não! Tanto é que no Congresso Nacional temos alto índice de políticos envolvidos em corrupção. Não estamos defendendo bandidos. A pena do preso é a restrição de liberdade; lutamos apenas pelos direitos garantidos por lei. Costumo dizer que quem levanta para dar um lugar a um idoso no ônibus é defensor dos direitos humanos. Está defendendo o direito de um idoso”, explanou.

Com relação à população LGBTI, os números também são estarrecedores. De acordo com a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), o Brasil é o país que mais assassina travestis e mulheres transexuais no mundo. O número de assassinatos é três vezes maior que o segundo colocado, o México, que tem uma média de 50 mortes. Segundo as estatísticas da Antra, em 2017, ocorreram no País 179 assassinatos de pessoas trans, sendo 169 travestis e mulheres transexuais e 10 homens trans.

Para colaborar, acesse o site da “vaquinha” e para saber mais sobre a Gold, visite sua fanpage

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