Deborah Sabará afirma que a situação é pior quando se trata de pessoas afeminadas, negras, trans e travestis
A falta de acesso à qualificação profissional por parte da comunidade LGBTQIA+ tem culminado em um grande número de pessoas com dificuldade de ingressar no mercado de trabalho. A situação se torna ainda pior quando se trata de pessoas afeminadas, negras, trans e travestis, conforme afirma a coordenadora de projetos da Associação Grupo Orgulho, Liberdade e Dignidade (Gold), Deborah Sabará. Essa realidade fez com que a organização criasse o projeto Empregabilidade LGBTI+, com oferta de cursos de qualificação profissional e cujas inscrições estão abertas.
A iniciativa é destinada para pessoas que se autodeclaram lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais e que residem nos municípios de Cariacica, Fundão, Guarapari, Serra, Viana, Vila Velha e Vitória, na Grande Vitória. As vagas são para os cursos de Recepção e Segurança em portaria, depilador e cuidador de Idoso. As inscrições podem ser feitas até o dia 19, neste site.
A seleção para os participantes dos cursos dará prioridade para pessoas da comunidade LGBTQIA+ que estão em vulnerabilidade social e residam nos bairros do Programa Estado Presente, iniciativa do governo estadual que tem como objetivo geral contribuir para a redução dos elevados índices de crimes violentos, principalmente homicídios e roubos, entre jovens de 15 a 24 anos nas regiões de maior vulnerabilidade social e, historicamente, mais atingidos pela violência.