Casa Lilás será lançada em dezembro em Vitória, oferecendo atendimento gratuito para grupos vulneráveis e comunidades tradicionais
O mês de dezembro será marcado pelo lançamento do Instituto Casa Lilás Myriam Junger Mafra, em Vitória, uma organização da sociedade civil que tem como objetivo oferecer saúde mental gratuita para mulheres que sofrem violências como a doméstica, física, sexual, verbal, simbólica, patrimonial, de racismo estrutural, racismo religioso e de LGBTQIA+ fobias.
A sede será no Barro Vermelho, entretanto, o atendimento, com foco em comunidades tradicionais, como quilombolas, indígenas e ciganas, além de grupos socioculturais mais vulneráveis, a exemplo de mulheres do campo, negras, da comunidade LGBTQIA+, operárias, de terreiro, da comunidade do congo e evangélicas, será feito nas próprias localidades.
“O público são as comunidades tradicionais. Elas não têm como vir até nós, nós temos que ir até elas”, diz a pesquisadora de gênero e etnia Déborah Sathler, que faz parte da equipe da Casa Lilás. A iniciativa contará com um grupo interdisciplinar, formado por seis ativistas profissionais das áreas de saúde mental, dos setores cultural criativo, da comunicação e educação, que são, além de Déborah, a psicóloga e presidente da Casa, Nice Nicchio; o graduando em Arquitetura e Urbanismo, Rômulo Corrêa; a psicóloga Claudia Sales; a conselheira do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Mulher do Estado do Espírito Santo (Cedimes), Edna Martins; e a educadora social Eusabeth das Mercês.
“Por aquelas que infelizmente foram caladas, nos resta ouvi-las mesmo que no silêncio, para lutar por uma nova história para as diversas mulheres e trabalharmos para termos empresas antimachistas no Espírito Santo, polícias antimachistas. Conscientizar sobre os males do machismo não beneficia só as mulheres, e sim toda a sociedade”, defende Nice.