Os trabalhadores da limpeza do pedágio da Terceira Ponte ainda não receberam o 13º, além do salário, tíquete e cesta básica do mês de dezembro. Embora o sindicato que representa a categoria, o Sindilimpe-ES, tenha sugerido que a Rodosol, gestora do contrato, remunere os trabalhadores, a Conservo Serviços Gerais, empresa que presta o serviço para a concessionária, é contrária a essa alternativa. A solução, ressalta a presidente da entidade, Evani dos Santos, será mover ação judicial.
Os trabalhadores, que passaram o Natal em condições financeiras difíceis, provavelmente terão que passar pela mesma situação no Ano Novo. Segundo a dirigente sindical, a medida judicial é necessária, porque o diálogo com a Conservo não tem sido possível. A própria empresa não tem dado abertura para isso. “Foi difícil ver o Natal chegar e as pessoas não poderem se alimentar, comprar o que precisavam, inclusive utensílios perdidos nas enchentes”, desabafa.
Cerca de 960 trabalhadores da Secretaria Estadual de Educação (Sedu), que prestam serviço nas escolas por meio da Conservo, também estavam com atraso salarial de um mês. Além disso, havia atraso no tíquete e no vale transporte de novembro e dezembro. Ocorria ainda outro problema, que era o não recebimento do 13º salário. A
situação começou a mudar depois do Natal, quando a Sedu, que havia assumido o compromisso de fazer os pagamentos, começou a efetivá-los, em parcela única. O Sindilimpe-ES informa, porém, que cerca de 200 trabalhadores ainda não receberam, porque a conta bancária encaminhada para a Sedu é da modalidade salário, sendo necessário o envio de dados da conta corrente.
A Sedu assumiu o compromisso de fazer os pagamentos antes do Natal, após reunião com a Procuradoria Geral do Estado (PGE), da qual também participaram representantes da Conservo e do sindicato. Ainda assim, os trabalhadores passaram o Natal sem receber. Após uma manifestação realizada pelo sindicato no dia último dia 21, em frente ao órgão, a secretaria novamente se comprometeu a fazer os pagamentos, porém, mais uma vez, isso não foi efetivado.
Evani relatou, na ocasião, a Sedu alegou que a Conservo teve que passar os dados dos trabalhadores para a pasta, mas ao fazer isso, não encaminhou o arquivo da folha de pagamento. Assim, foi preciso cadastrar os terceirizados manualmente e o serviço não foi concluído, pois o sistema caiu. Após um ato em frente à Secretaria de Educação, o sindicato se reuniu nessa segunda-feira (26), com representantes da secretaria e o governo do Estado afirmou que realizaria os pagamentos dos trabalhadores nessa terça (27).