Nesta quinta-feira (20), a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República divulgou uma parceria com o Laboratório de Estudos em Imagem e Cibercultura (Labic) da Ufes. A parceria tem como objetivo monitorar e combater a apologia ao crime nas redes sócias.
Durante o evento de divulgação, a ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Ideli Salvatti, destacou o crescimento dos discursos de ódio nas redes. Em oito anos, a organização SaferNet Brasil, que registra denúncias de crimes online, recebeu e processou 3,4 milhões denúncias anônimas envolvendo 527 mil páginas na internet, em todo o mundo. As páginas em português representam 18,7% destas denúncias. Com a parceira com o Labic, espera-se que esses casos sejam mapeadas e punidos pelas autoridades.
Segundo o laboratório, o projeto será iniciado em 2015 a partir de estudos para monitorar esse tipo de movimentação na internet. Também é prevista a criação de um aplicativo para que o governo acompanhe a atuação das redes de apologia ao crime e também de apoio aos direitos humanos.
Criado em 2007, o projeto da Ufes é referência nacional em estudos de cibercultura e manifestações nas redes sociais. As análises e projeções cartográficas do grupo sobre as manifestações de junho de 2013 repercutiram em jornais de circulação internacional.
Grupo de estudo
O governo também anunciou a criação de um grupo de estudo para receber e analisar as denúncias desse tipo de crime. O grupo também será composto por membros da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), da Secretaria de Políticas para Mulheres, do Departamento de Polícia Federal, do Ministério Público Federal, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e do Colégio Nacional dos Defensores Públicos Gerais.