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Marcha das Mulheres Negras reúne cerca de 20 mil mulheres em Brasília

Na tarde desta quarta-feira (18) a Marcha das Mulheres Negras reuniu cerca de 20 mil mulheres de todo o País em Brasília na luta contra a violência, a discriminação e o machismo. Do Estado, participaram da marcha representantes do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde no Estado (Sindsaúde-ES).

A marcha teve início por volta das 13 horas e foi tomando corpo à medida que as mulheres avançavam em direção à Praça dos Três Poderes. O momento histórico era, também, a luta por igualdade de direitos.

As mulheres do Sindsaúde presentes na marcha cobravam condições de trabalho decentes para as trabalhadoras. Além disso, a diretora de Mulheres, Gênero, Raça e Diversidade Sexual da entidade, Maria do Carmo Balduíno, também cobrava o fim da violência racial e doméstica, que apresenta índices alarmantes no Estado.

Durante a marcha, dois policiais civis que estava acampados em frente ao Congresso Nacional e defendiam a volta dos militares ao poder dispararam tiros para o alto. Depois dos disparos, houve um tumulto que foi repreendido pela Polícia Militar com uso de gás de pimenta. O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) chegou a ser atingido pelo gás e foi levado para atendimento médico.

De acordo com o Mapa da Violência 2015 – Homicídio de Mulheres no Brasil, o Estado permanece em segundo lugar em taxa de homicídios de mulheres. De acordo com o estudo conduzido pelo sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz, que se baseia em dados de 2013, o Estado registrou 9,3 homicídios por grupo de 100 mil mulheres.

Outro dado alarmante que o Mapa da Violência apresenta são os índices de homicídios de mulheres negras no Estado. Enquanto as taxas de mortes violentas de mulheres brancas oscilam na série histórica, mas se mantêm baixas, as de mulheres negras seguem ascendentes em níveis muito superiores aos de brancas.

Enquanto em 2013 a taxa de homicídios de mulheres brancas no Estado ficou em 4,5 por 100 mil, a de mulheres negras chegou a 11,1. O índice de vitimização negra nos homicídios de mulheres no Estado chega a 147%, ou seja, uma mulher negra tem 147 mais chances de ser assassinada no Estado do que uma mulher branca.

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