Os trabalhadores do setor de metalurgia do Estado estão em negociação do acordo coletivo, mas não vêm recebendo boas propostas de reajuste do sindicato patronal, o Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e de Material Elétrico do Estado (Sindifer).
Em mais uma rodada de negociações, realizada nessa terça-feira (13), o Sindifer manteve a proposta de 6% de reajuste, reiterada deste a reunião anterior, mas foi recusada pelo Sindicato dos Metalúrgicos do Estado (Sindimetal), que representa a categoria.
Os trabalhadores pleiteiam 10% de reajuste salarial; elevação dos pisos salarial e profissional; ticket alimentação e cesta básica de R$ 230, e plano de saúde extensivo à família e a custo zero.
Uma nova reunião está agendada com o Sindifer e deve ser realizada ainda nesta quarta-feira (14), com a expectativa por parte do Sindimetal de que o sindicato patronal melhore a proposta de reajuste da categoria.
Manifestação
O presidente do Sindimetal, Roberto Pereira de Souza, esclarece que o movimento realizado na Vale na segunda-feira (12), no qual os trabalhadores protestaram pela adoção do plano de saúde com preço simbólico de R$1 – que a empresa se comprometeu a colocar em prática em documento assinado – foi especificamente com a Vale, sem ligação com a negociação com o Sindifer.
Ele ressalta que a empresa tentou usar a via judicial para impedir novos protestos em prol do benefício, mas o sindicato deve encontrar outras formas de se manifestar.
Nesta terça-feira o Sindimetal foi notificado a respeito de um mandado proibitório impedindo a entidade de realizar manifestações que obstruam a entrada da Vale. Roberto afirma que a manifestação não impediu a entrada de ninguém na segunda-feira e que a notificação da empresa seria uma forma de desviar a atenção do real motivo da manifestação, que seria um compromisso assumido por ela em audiência, com documento assinado.