Moradores afirmam não ter para onde ir e querem ser encaminhados para programas sociais
Seis famílias de uma ocupação em Barramares reivindicam que a Prefeitura de Vila Velha encaminhe assistentes sociais para o local, com o objetivo de escutar as necessidades dos moradores e encaminhá-los para programas sociais. Eles afirmam que a gestão municipal deu prazo até essa segunda-feira (20) para que saiam da ocupação, entretanto, não têm para onde ir.
A menor aprendiz Rosiane Fagundes relata que mora na ocupação com seu marido, que vive de “bicos”. O casal não tem condições de pagar aluguel, assim como sua irmã, que tem dois filhos e também mora no local. Rosiane afirma que ela e os familiares estão no local há dois anos, junto com outras três famílias. Porém, informa, há uma composta por uma mãe e oito filhos, que moram na ocupação há seis anos.
Para pedir ajuda, as famílias procuraram moradores da ocupação Vila Esperança, na região de Terra Vermelha. Rodrigo Silva Santos Gillo, que faz parte dessa ocupação, se dirigiu na manhã desta terça-feira (21), junto com os moradores de Barramares, à Casa dos Conselhos, de onde foram encaminhados para a Defesa Civil. Nesse local, foram informados de que deveriam ir até a Secretaria Municipal de Assistência Social, onde aguardam o atendimento de algum representante da pasta.
Segundo Rodrigo, a ocupação de Barramares fica em um terreno localizado entre o valão e uma infraestrutura da Companhia Espírito-Santense de Saneamento (Cesan). A ocupação de Terra Vermelha também passou por despejos de famílias em 10 de agosto. A alegação foi de crime ambiental, por construção de barracos em área de preservação.
Números
Doze famílias são despejadas de ocupação na região de Terra Vermelha
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