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Movimentos sociais repudiam violência empregada em manifestação

A violência empregada pela Polícia Militar na manifestação encabeçada pela Frente Brasil Popular, na manhã desta terça-feira (10), foi repudiada pelos movimentos sociais que organizaram o protesto. De acordo com Perly Cipriano, que já foi secretário de Direitos Humanos da Presidência da República, e compõe a Frente, os movimentos condenam toda e qualquer violência nos atos, seja contra a mídia ou outras categorias.

Perly estava na manifestação na manhã desta terça, em frente ao Palácio Anchieta, sede do governo estadual, em Vitória, e conta que o que viu foi a repressão desproporcional ao ato. Ele ressalta que viu policiais disparando tiros de borracha, feridos e spray de pimenta sendo disparado na presença dele.

Ele ressalta que os movimentos querem expressar livremente o posicionamento, sem que sejam reprimidos por isso. “A manifestação é a artéria da democracia”, diz Perly, que acrescenta que o ato defendia a democracia.

Para Perly, há uma parcela nos três poderes que quer reprimir e criminalizar os movimentos sociais. Ele também rebateu a declaração do secretário de Estado de Segurança Pública, André Garcia, que afirmou que o movimento não quer diálogo, lembrando que conversou pessoalmente com o capitão que coordenava as ações da PM na manifestação sobre o ato público.

Ele lembra que recentemente a mesma violência desproporcional já foi empregada contra quilombolas e pequenos agricultores no Estado.

Sanções internacionais

A violência da PM do governador Paulo Hartung ocorre no momento em que estão no País o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, e o presidente da Corte Interamericana de Direitos Humanos, Roberto Caldas. O Estado é alvo de medidas provisórias decretadas pela Corte Interamericana de Direitos Humanos por conta das violações ocorridas na Unidade de Internação Socioeducativa (Unis), do Instituto de Atendimentos Socioeducativo do Estado (Iases) durante o segundo mandato de Hartung.

Em 2015, as sanções foram renovadas pela sétima vez, visto que o Estado não cumpriu nenhuma medida e continua dispensando tratamento autoritário e repressivo no sistema socioeducativo.

A Corte considerou que a partir das informações apresentadas pelo Estado, não se erradicou a situação de risco dos internos da Unis, já que são frequentes os relatos de situações de agressão entre os adolescentes, de funcionários contra os internos, e do uso abusivo de algemas, agressões, ameaças e prisão como punição para socioeducandos.      

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