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MST ainda aguarda respostas sobre apoio para recuperar acampamentos alagados

Ofício foi protocolado há uma semana nos gabinetes do governador Renato Casagrande e da secretária Nara Borgo

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) não recebeu, até agora, resposta em relação ao ofício que protocolou há exatamente uma semana no Governo do Estado, no qual solicita apoio para as famílias de cinco acampamentos no norte do Espírito Santo, que estão completamente alagados devido às enchentes. O documento foi protocolado nos gabinetes do governador Renato Casagrande (PSB) e da secretária estadual de Direitos Humanos, Nara Borgo.

O integrante da direção estadual do MST, Rodrigo Gonçalves, relata que a gestão estadual afirmou que um coronel da Defesa Civil iria aos acampamentos ver a situação, mas nem isso foi feito. No ofício, o Movimento reivindicou fornecimento de alimentação, colchão, lona e telha “para refazer os barracos em locais mais seguros e que não estão alagados”, roupas, água potável para o consumo das famílias, atendimento médico e, principalmente, “o ressarcimento das perdas de diversos bens materiais e lavouras’

As águas invadiram barracas, destruíram lavouras, romperam estradas e pontes, isolando os acampamentos. Rodrigo acredita que o governador irá “se esconder atrás do Cartão Reconstrução”, iniciativa aprovada na sessão extraordinária da Assembleia Legislativa e que propõe concessão de auxílio financeiro no valor de R$ 3 mil para os atingidos pelas enchentes registradas nos últimos dias.
MST

O benefício será destinado para pessoas inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) do Governo Federal. O período de vigência é de novembro deste ano a março de 2023. Entretanto, Rodrigo afirma que o valor não é suficiente para recuperação de lavouras e que é preciso pensar em alternativas que atendam às especificidades das diversas famílias afetadas pelas enchentes.

Ele defende também que cabe ao Governo do Estado discutir as mudanças climáticas e pensar ações, uma vez que, no Espírito Santo, ou chove demais ou faz muito sol, e, acredita, isso será cada vez mais constante.

Em Linhares, quatro acampamentos foram atingidos e se encontram ilhados: Egídio Brunetto e João Gomes, na comunidade de Palhal; Paulo Damião, na Fazenda Gril; e Paulo Damião 2, em Desengano. Em Aracruz, também houve um acampamento atingido pelas enchentes, o Índio Galdino, em Jacupemba. Ao todo, de acordo com o ofício protocolado no governo do Estado, 480 famílias foram afetadas.

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) aceita doações em dinheiro, por meio do Pix (27) 99666. 9767, em nome de Adroaldo José Dlugokenski. O comprovante deve ser encaminhado para (27) 99729.3371. A quantia arrecadada será utilizada na aquisição de alimentos, colchões, roupas de cama de cama e de uso pessoal, kits limpeza e outros itens para famílias de acampamentos de Linhares e Aracruz. Também irá possibilitar custeio de gasolina para caminhões e tratores a serem utilizados em uma brigada para dar suporte a essas famílias.


MST pede apoio do governo para atingidos em acampamentos alagados

Lavouras foram perdidas, mas ainda não é possível mensurar o tamanho do prejuízo. Quatro acampamentos estão ilhados


https://www.seculodiario.com.br/cidades/mst-busca-apoio-do-governo-do-estado-para-atingidos-em-acampamentos-alagados

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