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​Observatório vai monitorar Covid-19 nas favelas capixabas

Com equipe multidisciplinar, Ocofa será lançado com debate online sobre impacto da pandemia na população negra

Um dos projetos aprovados no edital emergencial da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) com foco no combate ao novo coronavírus (Covid-19), o Observatório Capixaba da Covid-19 nas Favelas (Ocofa) realiza seu evento de lançamento público nesta sexta-feira (26), às 19h, em debate online.

O evento terá como tema “Pandemia: impactos nas favelas e na população negra”, com presença do professor de Enfermagem da Ufes Thiago Prado, do mestrando em Ciências Sociais; João Victor Santos, integrante do Coletivo Negrada e presidente do Fórum Estadual da Juventude Negra (Fejunes); e, Crislayne Zeferina, atuante nas comunidades da região do Território do Bem, em Vitória. A transmissão será feita no seguinte link: https://ufes.webex.com/meet/thiago.prado.

O Observatório tem como objetivo produzir dados sobre os impactos sociais do novo coronavírus nas favelas e a população negra no Espírito Santo. Para isso, conta com uma equipe interdisciplinar, com especialistas de várias áreas como epidemiologia, ciências sociais, serviço social, geografia, estatística, comunicação e design, formada em sua maioria por pessoas negras e oriundas das favelas, incluindo professores, estudantes e servidores da Ufes e também colaboradores externos.

“Acreditamos na pesquisa engajada para contribuir para o bem viver da população negra e favelada”, informa a apresentação do Ocofa. “Queremos além de entender os impactos, contribuir com a construção de caminhos para enfrentar o racismo”.

Segundo Thiago, a proposta do Observatório permite diferentes olhares críticos sobre os dados a partir de várias áreas de conhecimento, o que possibilita um melhor entendimento da amplitude do problema nas periferias, favelas e para a população negra do Espírito Santo neste momento excepcional. “É preciso um trabalho ágil, para produzir tanto informações para difundir pela internet como estudos científicos”, aponta o professor dada a urgência da questão, já que estão no meio da crise de saúde com fortes impactos sociais e econômicos decorrentes dos efeitos da pandemia.

Em seu primeiro material de divulgação, o Ocofa apontou que no Espírito Santo, a cada 60 pessoas que morreram em decorrência da Covid-19, 31 eram negras (pretos e pardos), 21 brancas e nove de outras etnias (amarelas e indígenas). Outras informações e levantamentos serão divulgados na página do Observatório no Instagram e em outras redes.

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