Categoria discute indicativo de paralisação, caso o governo federal tente privatizar a Petrobras
O Sindicato dos Petroleiros do Espírito Santo (Sindipetro/ES) deu início às assembleias para deliberar sobre a possibilidade de greve, caso o governo Bolsonaro leve adiante a ideia de privatizar a Petrobras. As primeiras foram nessa terça-feira (7), no aeroporto de Vitória, e nesta quarta (8), no Terminal Aquaviário Barra do riacho (TABR), em Aracruz, norte do Estado. A realização das assembleias em todo o país foi decidida em reunião do Conselho Deliberativo da Federação Única dos Petroleiros (FUP), realizada na semana passada.
O Espírito Santo foi o primeiro estado a realizar as assembleias. Os demais darão início ao debate com os trabalhadores na próxima semana. O que está sendo votado, explica o coordenador geral do Sindipetro/ES, Valnísio Hoffmann, é o indicativo de greve, ou seja, não é uma paralisação imediata, mas que ocorrerá somente se um projeto de privatização da estatal for encaminhado para o Congresso Nacional. O dirigente sindical acredita que, diante da pressão do mercado junto ao Ministro da Economia, Paulo Guedes, há chance de isso acontecer.
No caso da Liquigás, Hoffmann recorda que sua privatização foi defendida por Paulo Guedes como uma forma de reduzir pela metade o valor do gás de cozinha, o que não aconteceu. Quanto à BR Distribuidora, ele afirma que pouca gente sabe que ela não pertence mais à Petrobras, uma vez que foi comprada por uma empresa chamada Vibra, que tem autorização para utilizar a logomarca da estatal durante cinco anos.
“A privatização é uma falácia. Prometem, prometem e não cumprem. O combustível está caro e o gás de cozinha também. É a ganância do mercado. Os investidores estão preocupados com o lucro, mas deveriam ouvir mais o choro das famílias do que o próprio bolso. Querem ganhar em cima do sofrimento das pessoas, mas os petroleiros não irão deixar”, diz Hoffmann.