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Pnad: 63,7% dos desempregados no País são negros

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta sexta-feira (17), os dados do terceiro semestre de 2017 da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, com dados que agregam a taxa composta da subutilização da força de trabalho (que agrega os desocupados, os subocupados por insuficiência de horas e os que fazem parte da força de trabalho potencial). No período, esta taxa nacional ficou em 23,9%, o que representa 26,8 milhões de pessoas.

A pesquisa também abordou a questão dos desocupados, que são 13 milhões no País. Destes, 63,7% são negros, o que equivale a uma população de 8,3 milhões de pessoas. O resultado foi que a taxa de desocupação dessa parcela da população ficou em 14,6%, valor superior à apresentada entre os trabalhadores brancos, que foi de 9,9%. Isso é o mesmo que dizer que a cada três desocupados no País, dois são negros.

De acordo com o coordenador do Círculo Palmarino Luiz Inácio Silva da Rocha, o Lula, lembra que mais uma vez o racismo se expressa revelando o quanto ainda produz desigualdades no País. “Nós, negros e negras, novamente sofremos com os piores impactos da crise que o País enfrenta. Isso reforça a necessidade do desenvolvimento de políticas de combate ao racismo no Brasil”.

Apesar de no terceiro semestre os negros – somatório entre aqueles que se declaram pretos e pardos para efeito de estatística – representarem 54,9% da população nacional de 14 anos ou mais, representando 52,3% dos ocupados, o índice de ocupados na população branca ainda era maior, chegando a 56,5%. Além disso, o rendimento dos trabalhadores pretos e pardos foi de R$1.531, enquanto o dos brancos era de R$2.757.

Lula Rocha ressalta que o racismo estrutura a sociedade brasileira gerando consequências negativas para o povo negro. “Ele está presente na maioria das instituições públicas ou privadas. Precisamos combatê-lo nesses espaços também”, completa.

Mulheres

Os dados do Estado da Pnad Contínua mostram que, no Estado, o maior índice de desocupação ocorre na faixa etária que vai dos 25 aos 39 anos, representando 35,5% do total de desocupados.

A pesquisa também mostra que, no Espírito Santo, no terceiro trimestre de 2017, o volume de mulheres desocupadas foi maior do que o de homens, chegando a 52,2% de mulheres no total de pessoas desocupadas.

A Pnad confirmou, ainda, que a remuneração de mulheres é inferior à de homens no Estado, um reflexo do que acontece no resto do País. Enquanto, no terceiro trimestre, a remuneração média de homens ficou em R$ 2.195, a de mulheres ficou em R$ 1.645, ou seja, 25,1% inferior.

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