De acordo com a moradora de Regência e membro do MNLM, Kátia dos Santos Alvarenga dos Santos, o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado (Idaf), ao regularizar o território da localidade, constatou que o pedaço de terra ocupado era uma área sem propriedade, por isso, as famílias que buscam moradia já visavam a área há mais de uma década.
Segundo ela, o loteamento tem apoio da comunidade e o bairro já foi batizado de Vila Caboclo.
Uma das fundadoras do MNLM, Maria Clara Silva Pereira, acompanhou a ocupação e lembrou que o loteamento supre as necessidades da população que há anos luta por moradia digna.
Maria Clara ressaltou que intenção é implementar o programa federal de habitação Minha Casa, Minha Vida, para dar condições de moradia digna aos moradores e implantar uma cooperativa para que os novos moradores do loteamento possam desenvolver atividades em prol da comunidade.
Proprietário contesta
Em contato com Século Diário, o proprietário da Fazenda Alto Santana, Fernando Pereira de Oliveira, contesta que a área seja devoluta. Ele afirma que a fazenda vem sendo alvo dessas ações há anos e, em relação à ocupação atual, iniciada no dia 31 de outubro, garante já existir um mandado de liminar para reintegração e manutenção de posse. No entanto, Fernando acusa as famílias de desobediência da ordem judicial e de cometerem crime ambiental na área. Além disso, aponta que o movimento é apoiado por “algumas associações de Regência”.