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Rebelião e fuga na Unimetro já era tragédia anunciada

A rebelião que ocorreu nesta segunda-feira (7) na Unidade de Internação Metropolitana (Unimetro), localizada em Xuri, Vila Velha, foi mais um reflexo dos problemas estruturais que o Instituto de Atendimento Socioeducativo do Estado (Iases) enfrenta. Durante a rebelião, dois internos foram feitos reféns e 20 fugiram.

Até o momento, nove internos já foram localizados e reconduzidos à unidade. Durante a rebelião, a moradia inicial foi completamente destruída, além de ter sido feito um buraco na unidade, por onde os adolescentes fugiram.

A Unimetro já enfrenta sérios problemas gerenciais e de estrutura, que foram denunciados pelos servidores. Inspeções realizadas pelo Juizado de Infância e Juventude e pelo Sindicato dos Servidores Públicos do Estado (Sindipúblicos-ES) detectaram inúmeros problemas gerenciais na unidade e nas instalações físicas.

Os servidores denunciaram que foram ameaçados de demissão e rescisão de contrato pela gerência do instituto, sob a alegação de que se houvesse motim ou rebelião – como a que aconteceu nesta segunda-feira – eles seriam os únicos responsáveis, o que ensejaria as exonerações, seja de servidores efetivos ou temporários.

Além dos problemas gerenciais e de superlotação, os servidores também passaram a ser vítimas de assédio moral por conta das denúncias, sendo interrogados pelo Núcleo de Inteligência do Iases. 

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