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Rede LGBTI lança cartilha com dicas de segurança após eleições presidenciais

A Rede Nacional de Operadores de Segurança Pública (Renosp-LGBTI) lançou, neste mês, logo após a eleição de Jair Bolsonaro (PSL-RJ) como presidente da República, uma cartilha com dicas de segurança para gays, lésbicas, bissexuais, transexuais, travestis e intergênero. A Rede, criada em 2011, é formada por policiais, agentes penitenciários, vigilantes ou outros profissionais que atuam na área de segurança pública e que assumiram publicamente a homossexualidade.

São delegados, policiais civis e militares, bombeiros, guardas e agentes prisionais que passaram a não mais esconder a orientação sexual dos colegas de trabalho e a lutar contra o preconceito.

A cartilha, cujo texto foi escrito pela 2ª sargenta da Marinha Brasileira, Bruna Benevides, oferece dicas de segurança. Entre elas ter atenção é o fator primordial para proteção ao andar nas ruas, não estando distraído com músicas ou ligações, além de evitar fone de ouvido com volume extremo onde houver aglomeração de pessoas ou em transportes públicos, especialmente se estiver só. 

“A intenção destas dicas é o cuidado com você e suas manas. Não queremos criar pânico, mas é importante resistirmos com o mínimo de segurança e controle da situação sempre que possível. Lutamos muito para sair do armário e não iremos admitir voltar para lá. Não deixe de fazer as coisas que você gosta. Não ceda ao medo. Altere sua rotina até onde se sentir confortável. Se aproxime de pessoas queridas e vamos marcar de dar um abraço sempre que possível. Compartilhe esta cartilha de dicas de segurança com amigos, amigas e amigues. Ela pode ajudar as pessoas a se sentirem mais seguras e confiantes para transitar no dia a dia. Essas dicas foram pensadas por diversos agentes e setores de inteligência da segurança pública”, diz o texto.

Apoio jurídico

Ante a apreensão do novo presidente eleito e seu discurso contra minorias, uma rede de apoio jurídico para ameaçados e agredidos LGBT passou a ser divulgada nas redes sociais, a Reaja. Logo em seguida, circulou a informação de que seria uma rede fake, utilizada para colher informações sobre as vítimas. O grupo, no entanto, é real, formado por diversos coletivos e organizações não governamentais (ONGs). 

AS DICAS: 

Evite andar sozinho à noite. Procure estar em grupos e pessoas que você conheça. Sempre que possível, marque o encontro em local público. 

  • Evitar abusar de álcool e drogas se estiver sozinho. Avise para alguém de confiança caso vá marcar um fervo com alguém. Passe o local e horário para que a pessoa monitore sua segurança.
  • Use Apps que marcam sua localização em tempo real quando estiver fora de casa ou em lugares que sejam estranhos ao seu trajeto usual. Eles necessitam de internet móvel e que seja habilitado o acesso à sua localização.
  • Fique atente às outres LGBTI em espaços públicos, ônibus, toaletes, etc, para o caso de situações de violência.
  • Evite entrar em embates ou reagir a provocações, xingamentos e insultos. Não deixe de pedir ajuda caso se sinta insegure.
  • Caso presencie alguma situação de violência, tente prestar apoio, desde que sua segurança não seja ameaçada.
  • Se possível filme ou peça para alguém filmar a situação, facilitando a identificação dos agressores. 
  • Caso vá pegar táxi ou transporte por aplicativo na saída de baladas e fervos, divida com alguém sempre que for possível.
  • Tentem pegar carona umes com as outres, mesmo que seja a pé, e fiquem juntes no ponto de ônibus.
  • Evite ficar só em pontos de ônibus, especialmente à noite. Procure um ponto mais movimentado sempre que possível.
  • Sente-se em bancos próximos ao cobrador ou motorista. No corredor, para ter controle de quem senta ao seu lado ou caso precise trocar de lugar.
  • Troque de assento, ou de vagão, se perceber que alguém está tentando tocar em você ou em seus pertences.
  • Caso passe por alguma situação de violência, assalto, discussão ou briga, procure uma delegacia e faça o registro. Sempre!
  • Se necessário, vá à delegacia com alguém de confiança.

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