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‘Restaurante Popular não é pauta do atual governo’

Comsea afirma não ter esperanças de reinauguração do equipamento por Pazolini

O ano de 2024 chega ao fim e o Restaurante Popular, uma das inaugurações mais esperadas da Capital, continua de portas fechadas. Em novembro último, a gestão do prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos) chegou a afirmar publicamente que a nova previsão de entrega do equipamento à população será no primeiro semestre de 2025, mas essa data não foi discutida com o Conselho Municipal de Segurança alimentar e Nutricional (Comsea). “Restaurante Popular não é pauta do atual governo”, ressalta o presidente do colegiado, Paulo Teixeira.

PMV

Paulo explica que sua afirmação se baseia no fato de que durante toda a primeira gestão, o prefeito nunca quis dialogar com o conselho sobre as políticas de segurança alimentar e nutricional da cidade. “O Restaurante Popular é um espaço para ter um prato de comida de qualidade, é sobrevivência, é o mínimo do mínimo”, afirma.

O equipamento foi criado em 2005, durante o governo de João Coser (PT), no bojo da implementação de políticas federais para segurança alimentar. O fechamento se deu em dezembro de 2016, quando o então supersecretário da gestão de Luciano Rezende (Cidadania), Fabricio Gandini (PSD), hoje deputado estadual, anunciou que o plano era converter o espaço num banco de alimentos, para distribuir para as famílias mais necessitadas cadastradas no CadÚnico.

Em junho do ano passado, a prefeitura anunciou que o Restaurante Popular seria reinaugurado no início de julho deste ano, mas isso não aconteceu. A expectativa era de que voltasse a funcionar após o período eleitoral, contudo, também não se concretizou.

Embora em novembro último a administração municipal tenha dado a previsão de reinauguração para o primeiro semestre de 2025, o conselheiro afirma não ter esperança alguma de que isso irá acontecer. Paulo aponta que, para a gestão de Lorenzo Pazolini, o Cartão Vix + Cidadania é suficiente. “É a grande estrela de um governo que eliminou a fome”, diz, em tom irônico, em relação à imagem que a administração municipal quer passar dessa política.

Por meio do cartão, o beneficiário recebe mensalmente o equivalente a 8,67% do salário mínimo, para cada membro de famílias de Vitória, dentro dos critérios estabelecidos pela Lei Municipal 9861/2022: ser residente e morador; estar em situação de extrema pobreza, pobreza ou violação de direitos; inscrito no Cadastro Único (CadÚnico), atualizado a menos de dois anos; e estar registrado no sistema da Assistência Social de Vitória. 

Contudo, aponta Paulo, o Cartão Vix + Cidadania é ineficaz. Em agosto de 2023, moradores do Território do Bem denunciaram que tinham dificuldades par fazer compras com esse benefício, pois muitos comerciantes não o aceitavam diante da taxa de 15% cobrada pela operadora do cartão, considerada abusiva. O problema, afirma o presidente do Consea, ainda persiste.

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