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Servidores aguardam confirmação de pagamento retroativo em Anchieta

Fabrício Petri anunciou que quitará mais uma parcela devida, porém não marcou data

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Reprodução

Fabrício Petri (PSB), o prefeito de Anchieta, no litoral sul do Estado, anunciou, nessa terça-feira (10), que realizará o pagamento aos servidores municipais referente a mais uma parcela dos direitos retroativos de progressão por mérito profissional, também conhecidos como “3.8”. O Sindicato dos Servidores Públicos de Anchieta (Sinfa) comemorou a notícia, mas ainda aguarda o anúncio oficial de uma data.

“Acredito que vai sair outro vídeo do prefeito com informação mais concreta. Ele disse que vai ser feito até o fim do mandato, mas ficou um pouco subjetivo. O sindicato recebe isso com alegria, não só por causa desse anúncio, mas também por todas as pautas que propomos para 2024, que nós conquistamos”, comenta o presidente do Sinfa, Aroldo Oliveira.

Servidores efetivos que têm direito ao pagamento receberão até R$ 3,5 mil cada um. Em seu anúncio, Fabrício Petri, que finaliza o segundo mandato consecutivo, afirmou que “herdou essa dívida” de gestões anteriores, saudando ainda o fato de a sua gestão ter concedido reajuste acumulado de 26,12% para o funcionalismo, além de equiparação salarial para os professores e benefícios para outras categorias.

O prefeito afirmou que “boa parte” da dívida já foi paga, mas não deu detalhes de quanto ainda falta. Nos bastidores, servidores críticos à gestão atual afirmam que a dívida chega a R$ 20 milhões, e ainda falta muito, apesar de funcionários do poder público já estarem com os débitos quitados. Outra crítica é o fato de não ter sido apresentado um cronograma para a quitação de todos os pagamentos que ainda restam.

Fabrício Petri enfrentou um movimento de professores durante o período eleitoral, que chegaram a fazer uma paralisação no dia 23 de agosto. Uma das reivindicações dizia respeito justamente à quitação dos valores retroativos das progressões, conforme o Plano de Careira de 2012, que também está pendente há alguns anos. Outra queixa estava relacionada ao pagamento do piso nacional do magistério, o que não ocorre desde 2021 em Anchieta, segundo a categoria.

Na ocasião, Petri justificou que só poderia se comprometer com pagamentos após as eleições, por conta da legislação para esse período. Ele também prometeu encaminhar projeto de lei sobre o piso nacional depois do pleito de outubro. Uma assembleia que poderia definir uma greve de professores foi realizada em 26 de setembro, mas o grupo que defendia a paralisação foi vencido.

Entre os servidores, há disputas e divisões significativas. Nas eleições do Sinfa, realizadas no início deste mês de dezembro, um grupo de servidores teve que entrar com um Mandado de Segurança na Justiça para garantir a inscrição de uma chapa de oposição à atual diretoria, que mantém relação de afinidade com Fabrício Petri. A ação foi bem-sucedida, mas a chapa de situação venceu, por 2,1 mil votos contra 1,2 mil.

Léo Português (PSB), o candidato a prefeito apoiado por Fabrício Petri, venceu o pleito eleitoral de outubro com 42,33% dos votos. Marquinhos Assad (Podemos) foi o segundo colocado, com 39,67%, e Luiz Mattos (PL) ficou em terceiro, com 18%.

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