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Servidores da Prefeitura de Colatina e do Sanear aprovam estado de greve

Reivindicações à gestão de Balestrassi são reajuste salarial e no tíquete, demissão Incentivada e abertura de negociação

Os servidores da Prefeitura de Colatina e do Serviço Colatinense de Saneamento Ambiental (Sanear), uma autarquia, estão em estado de greve, conforme deliberado em assembleia realizada nessa terça-feira (21). A partir de agora serão feitas assembleias permanentes para dialogar com a categoria e traçar estratégias. A previsão é de que a primeira seja realizada antes do dia 3 de abril. Os trabalhadores, que totalizam 4,6 mil, reivindicam reajuste salarial, aumento do tíquete-alimentação, implementação do Plano de Demissão Incentivada e abertura da mesa de negociação.

A reinvindicação de reajuste salarial é de, no mínimo, o índice inflacionário, que é de cerca de 4%. As perdas salariais, segundo o diretor do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Colatina e Governador Lindemberg (Sispmc), Décio Rezende, somam mais de 100%, pois os trabalhadores ficaram 11 anos sem reajuste, somados períodos não subsequentes, de gestões anteriores, como as dos ex-prefeitos Leonardo Deptulski (PT) e Sérgio Meneguelli (Republicanos), além de gestões anteriores do próprio Guerino Balestrassi (PSC), atual prefeito.


O Plano de Demissão Incentivada, explica Décio, tem como foco servidores que se aposentaram antes da Reforma da Previdência, de 2019. De acordo com ele, no município há cerca de 500 nessa situação, entre celetistas e estatutários, vinculados ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), pois a prefeitura não tem instituto próprio de Previdência.

“Por decisão judicial e pela legislação, o município não pode dispensar quem se aposentou antes da reforma, a não ser que o servidor peça demissão”, diz. Assim, explica, os servidores reivindicam demissão incentivada para esses trabalhadores, pois o município não pode mandar embora devido à estabilidade. Segundo Décio, o prefeito havia dito que faria isso em janeiro último, o que não aconteceu. 

Quanto ao vale-alimentação, a reivindicação é de que o valor, hoje de R$ 440,00, iguale ao dos vereadores, que é R$ 1,3 mil. A concessão desse benefício para os parlamentares foi aprovada em janeiro último. A presidente do Sispmc, Eliane Fátima Inácio, recorda que o último reajuste no vale alimentação dos servidores foi em 2017, na gestão do então prefeito Sérgio Meneguelli, no valor de R$ 20,00.
Além disso, afirma que a gestão do prefeito Guerino Balestrassi não negocia com os servidores. “Dialogar é uma coisa, negociar é outra. A hora que eu preciso falar com o secretário de Saúde, por exemplo, ele conversa com a gente, mas não tem o poder de negociar. Se pedirmos a ele reajuste para os trabalhadores, não pode dar. Quem tem o poder de negociar é o prefeito e sua chefia de gabinete, mas eles não recebem os servidores”, critica Eliane. O mesmo, aponta, acontece com a Sanear, onde a palavra final também é do prefeito, e não do diretor.

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