Um grupo de servidores do Instituto de Atendimento Socioeducativo do Estado (Iases) pede a criação de um grupo de trabalho (GT) para garantir o cumprimento do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) na socioeducação. Além disso, eles articulam a formação do GT para colocar em prática o Plano de Atendimento Socioeducativo.
Para a formação do GT, os servidores recorreram ao Sindicato dos Servidores Públicos do Estado com o objetivo de discutir formas de mobilização e articulação dos demais servidores da autarquia para a formação do grupo de trabalho.
Os servidores que pleiteiam a criação do GT consideram que a socioeducação no Estado segue a lógica do encarceramento. Exemplo disso foi a manutenção das medidas provisórias da Corte Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA) pela sétima vez contra o País que obrigam o Estado rever o tratamento aos jovens sob sua custódia na Unidade de Atendimento Socioeducativo (Unis), em Cariacica.
A Corte decidiu manter as medidas porque os adolescentes continuam em situação de risco, sendo ainda uma realidade as situações de agressão entre internos, uso abusivo de algemas, agressões, ameaças e encarceramento como forma de castigo aos socieducandos.