Funcionários das três esferas de poder realizam ações conjuntas para pressionar Renato Casagrande
Entidades representativas de servidores públicos do Espírito Santo planejam a realização de uma série de ações conjuntas a partir desta segunda quinzena de março. O objetivo é pressionar o governador Renato Casagrande (PSB), para que as recebam em uma audiência. Em pauta, está a revisão geral de 14,38% na remuneração do funcionalismo.
As ações foram discutidas em uma reunião nessa quinta-feira (14), na sede do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário (SindijudES), em Vitória, contanto com representantes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.
Um dos pontos definidos foi a realização de uma campanha de comunicação, com utilização de vários meios como outdoor e anúncios nas mídias e redes sociais. Como tema central, está o lema “Estado organizado, servidor valorizado? Reposição das perdas 2020/23 de 14,38%”.
Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Servidores Públicos do Estado (Sindipúblicos), Iran Caetano, o início das ações leva em conta o fato de que o governador costuma anunciar a revisão geral linear entre os meses de março e abril. Segundo ele, todas as categorias estão unidas em torno da reivindicação de reposição das perdas acumuladas nos últimos anos.
“Vamos fazer ações de mobilização das categorias, e não está descartado nenhum tipo de ação. Ao longo do tempo, nós vamos avaliando quais os passos dar”, comenta Iran.
Além do Sindipúblicos e do SindijudES, participaram da reunião os sindicatos: dos Servidores da Assembleia Legislativa (Sindilegis-ES); dos Auditores Fiscais e Auxiliares Fazendários (Sindifiscal); da Saúde (Sindsaúde); dos Trabalhadores em Educação Pública (Sindiupes); do Ministério Público (Sindsempes); dos Odontologistas (Sinodonto-ES); e dos Farmacêuticos (Sinfes).
Também estiveram presentes as associações: dos Oficiais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros (Assomes); dos Consultores do Tesouro do Estado (Acees); e dos Auditores do Estado (Assaes).
No último dia 8 de março, o Sindipúblicos realizou uma assembleia geral para discutir os pontos da campanha salarial de 2024, que abrange a recomposição inflacionária do auxílio-alimentação e do valor das diárias; o pagamento dos precatórios da trimestralidade; a realização de concurso público e o fim da terceirização; a revisão das carreiras, em especial as extintas ou em vacância; além da revisão geral de 14,38%.
No último dia 27 de fevereiro, os servidores também participaram de uma reunião na Secretaria da Casa Civil, em Vitória, com o subsecretário de relações institucionais, Sandro Heleno. Na ocasião, houve a entrega de um documento analítico, no qual o Sindipúblicos, junto a outras entidades representativas de trabalhadores, defende que o governo do Estado está em um momento estável para repor as perdas do funcionalismo, com R$ 1,88 bilhão de caixa líquido, além da “nota A” nas contas, atribuída pelo Tesouro Nacional desde 2012.