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Trabalhadores da Codesa suspendem paralisação de 48h e descartam greve

Mobilização foi suspensa após garantia do governo federal de que o acordo coletivo será assinado ainda este mês

A paralisação de 48h dos trabalhadores da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), que começaria nesta terça-feira (24), foi suspensa após a Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest), do governo federal, aprovar o acordo coletivo firmado entre os trabalhadores e a empresa. Assim, a greve por tempo indeterminado, que começaria em primeiro de junho, também foi cancelada.

Diante da recusa da Sest em aprovar o acordo, a paralisação e a greve haviam sido aprovadas em assembleia na semana passada. O diretor financeiro do Sindicato Unificado da Orla Portuária do Espírito Santo (Suport/ES), Roberto Hernandes, informa que a Sest assumiu o compromisso de que a assinatura do acordo será feita até o final deste mês.

“Nossa mobilização foi importante para garantir isso. A Sest não tem que dizer se o acordo vai ser aprovado ou não. A Codesa fez o procedimento de praxe, que é enviar documentação afirmando que consegue arcar com as cláusulas econômicas, não tem porque não assinar”, aponta.
A paralisação seria em todos portos de responsabilidade da Codesa, que são Capuaba e Paul Gusa, em Vila Velha; Porto de Vitória, em Vitória; e na sede administrativa, que fica na Praia do Suá, também na Capital. Apesar de não considerar o acordo muito vantajoso para os trabalhadores, o dirigente sindical aponta que houve avanços na questão da escala de trabalho. Hoje, ela é 6 x 1, mas no acordo atual passa para 6 x 4. 
Além disso, os trabalhadores conseguiram recomposição salarial de 70%, com base no Índice de Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

A possibilidade de greve por causa do acordo foi descartada, mas está mantida a mobilização nacional dos portuários, que aprovaram estado de greve em todos os portos do Brasil, em plenária nacional realizada em Brasília nos dias 17 e 18, da qual o Suport/ES também participou. A insatisfação é contra a privatização das Autoridades Portuárias e a concessão de administrações portuárias a empresas privadas.

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