Situação com a terceirizada LBS foi levada à Justiça, afirma Evani dos Santos
Trabalhadores do asseio e conservação que prestam serviço por meio da empresa LBS estão com salário e benefícios do mês de novembro atrasados. Há ainda casos nos quais a empresa rompeu contrato com a contratante, mas não pagou a rescisão. Agora, o Sindicato dos Trabalhadores de Empresas de Asseio, Conservação, Limpeza Pública e Serviços Similares (Sindilimpe) move ações judiciais para garantir os direitos dos trabalhadores.
Os benefícios e direitos atrasados são vale-alimentação, plano de saúde e odontológico e Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). “São trabalhadores que recebem salário mínimo e têm seus compromissos financeiros. Trabalharam e precisam receber”, diz a presidente do sindicato, Evani dos Santos. Ela informa que, no Grupo Meridional, os trabalhadores que estão sofrendo com o atraso são os porteiros.
Na Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz), com o fim do contrato com a LBS, além do salário do mês e benefícios, os trabalhadores não receberam a rescisão. Na Assembleia Legislativa, o Grupo Líder Brasil, do qual a empresa faz parte, está em atraso com auxiliares de serviços gerais. As recepcionistas e jardineiros que prestam serviço para a Prefeitura de Vila Velha também estão entre os profissionais prejudicados.
Outra prefeitura na qual os trabalhadores sofrem com os atrasos é a de Vitória. Nesse caso, são os que atuam nas secretarias de Educação e Esporte. Foi em Vitória, inclusive, que em outubro último os trabalhadores realizaram um ato em frente à Prefeitura devido aos atrasos. Na ocasião, representantes do Sindilimpe foram recebidos pelo subsecretário de Gestão Administrativa, Anckimar Pratissolli. O gestor assumiu o compromisso de averiguar, com a Procuradoria Municipal, as medidas cabíveis em relação ao atraso no salário, vale-alimentação, vale-transporte e planos de saúde e odontológico. Poucos dias depois, a LBS fez os pagamentos, mas voltou a atrasar.
Não é somente a LBS que está em dívida com os trabalhadores. Quando ocorreu o ato na prefeitura, também foram realizadas manifestações no Hospital da Polícia Militar (HPM), em Bento Ferreira, Vitória, pois a empresa Sólida, que era a prestadora de serviços, teve seu contrato finalizado há dois meses e não havia pago a rescisão de 45 trabalhadores da parte de higienização hospitalar. A situação, informa Evani, não mudou.