Projeto de privatização, que tramita em regime de urgência, pode ser votado a qualquer momento na Câmara Federal
O Projeto de Lei 591/21, de autoria do Governo Bolsonaro (sem partido) e que prevê a privatização dos Correios, pode ser votado a qualquer momento na Câmara Federal. Isso motivou a realização, em todo o país, do Dia Nacional de Luta em Defesa dos Correios. No Espírito Santo, a data foi marcada por um ato na praça Costa Pereira, no Centro de Vitória, na manhã desta terça-feira (13).
A mobilização foi organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Empresa de Correios, Prestação de Serviços Postais, Telégrafos, Encomendas e Similares do Espírito (Sintect/ES), Federação dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect) e Central Única dos Trabalhadores (CUT), com apoio da Intersindical – Central da Classe Trabalhadora, Partido dos Trabalhadores (PT), Movimento Popular Juventude em Disparada e outras organizações, que se fizeram presentes dialogando com a população sobre os prejuízos da venda da empresa.
O Governo Bolsonaro já anunciou que pretende se desfazer de 100% do capital dos Correios no processo de privatização, cujo formato previsto é de leilão tradicional.
O modelo de venda definido pelo governo para os Correios foi anunciado em cinco de julho pelo secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia, Diogo Mac Cord. Segundo divulgado pelo jornal O Globo, a proposta se difere dos planos para a Eletrobras e do que foi feito recentemente na BR Distribuidora, ex-subsidiária da Petrobras, baseados em operações no mercado de capitais.
“Queremos mostrar o prejuízo da privatização dos Correios para a sociedade. Entendemos que os Correios são essenciais, assim como outras estatais, como a Petrobras e a Eletrobras. No Estado, o nome da nossa campanha é ‘O Brasil não se entrega’. Não estamos falando apenas de Correios, mas do Brasil em si, de outras estatais. Não é uma luta somente da nossa categoria”, ressalta o presidente do Sintect/ES, Antônio José Alves Braga.
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