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Vicariato defende medidas mais rigorosas de combate à pandemia no Estado

Lockdown de 21 dias é uma das medidas apontada em manifesto do Vicariato, coordenado pelo padre Kelder Brandão

Em manifesto divulgado nesse sábado (13), com assinatura de 19 entidades, o Vicariato para Ação Social Política e Ecumênica da Arquidiocese de Vitória defende que o governo Renato Casagrande (PSB) “adote em caráter de urgência medidas rigorosas para redução da transmissão do novo coronavírus”. O posicionamento é pautado, como ressalta o documento, na defesa da vida diante de uma pandemia que soma mais de 330 mil casos de Covid-19 no Espírito Santo, com perda de mais de 6,5 mil vidas.

As medidas defendidas são adoção de lockdown por 21 dias, com restrição de circulação de veículos e pessoas durante todo o período; funcionamento apenas dos serviços essenciais; suspensão de aulas presenciais em todos os níveis de ensino, tanto na educação pública quanto privada; garantia de um programa de renda mínima que possa contemplar toda a população que se encontra sem trabalho e renda; aquisição imediata pelo Estado e municípios de vacinas, com a meta de vacinar pelo menos 30% da população no prazo de 60 dias, com garantia de vacinação de todos os profissionais da educação e da população em situação de rua nesse período; ampliação da testagem de todos que tiveram contato com quem teve Covid-19, independente de sintomatologia.

Para o Vicariato, as medidas tomadas até o momento não foram suficientes para reduzir de forma significativa a alta incidência de casos, nem o elevado número de mortes”. “No Espírito Santo, as medidas adotadas até então foram eficazes no sentido de garantir acesso a cuidados de saúde à população, entretanto, não têm sido capazes de reduzir de forma significativa a alta taxa de transmissão, que vem se mantendo ao longo do ano de 2021, com poucas oscilações para mais ou para menos, mas que não tem resultado em controle da taxa de transmissão do vírus, custando muitas vidas”, diz o manifesto.
O Vicariato aponta que as três medidas eficazes para evitar o agravamento da situação são o isolamento social, uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e vacinação em massa da população. Quanto ao isolamento social, é destacado que as medidas adotadas não surtiram efeito diante da baixa aderência da população, motivada, por exemplo, por fatores como falta de entendimento da importância das mesmas, além de ausência de estímulo de tal prática pelos órgãos do governo federal.
Também é destacada a carência de suporte econômico para que as populações mais desprotegidas socialmente possam ter seu sustento assegurado e condições de realizar o isolamento. Já a vacinação, afirmam as entidades, “tem acontecido de forma assustadoramente lenta diante da gravíssima situação, por má administração do governo federal, que tem se mostrado incompetente e inepto para tal empreitada, resultando assim em baixíssima taxa de cobertura vacinal atual em todo o país”.
Assinam o manifesto a Comissão de Promoção da Dignidade Humana da Arquidiocese de Vitória, Associação do Menino Jesus, Ateliê de Ideias, Centro de Estudos Bíblicos do Espírito Santo (Cebi/ES), Conselho Estadual de Ensino Religioso, Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Espírito Santo (Conic/ES), Conselho Pastoral dos Pescadores, Fórum da Juventude do Território do Bem, Fórum Igreja e Sociedade em Ação, Núcleo de Atendimento à Comunidade Articulada e Organizada (Grupo Razão), Paróquia Sagrados Corações de Jesus e Maria, Projeto Semente, Projeto Crianças e Adolescentes (Re) Construindo Vidas e as pastorais Operária, da Aids, da Pessoa Idosa, da Sobriedade e da População de Rua, todas da Arquidiocese de Vitória.

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