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Comércio exterior puxa ES na lista das maiores empresas do País

Apontado como uma das vocações econômicas do Espírito Santo, o comércio exterior segue como o principal setor entre as maiores empresas capixabas. Das 20 empresas sediadas no Estado que aparecem no anuário Valor 1000, 14 negócios estão ligados ao setor de comércio atacadista e exterior. Em termos absolutos, a economia capixaba participa em 2% do número de empresas no ranking, mas colabora apenas com 1,1% das receitas líquidas entre as mil maiores – o que situa o Estado entre as dez principais Unidades da Federação. 

Apesar do desempenho de relevo na comparação com estados das regiões Norte e Nordeste, por exemplo, a atual fotografia das principais empresas do Espírito Santo confirma o modelo de desindustrialização, antes voltada quase exclusivamente à produção de commodities e que hoje também alcança a importação e exportação de produtos através dos portos capixabas. 

De acordo com a lista editada pelo jornal Valor Econômico, a maior companhia sediada no Estado foge a essa regra, a Heringer, que aparece na 77º do ranking este ano (com base nos dados de 2011). A empresa de fertilizantes subiu 17 posições em relação à lista do ano passado e apresentou uma receita líquida, principal indicador utilizado na metodologia da publicação, de R$ 4,7 bilhões – uma alta de 33,6% na comparação com o ano anterior. 

Com exceção da primeira colocada, o restante da lista traz uma série de empresas de comércio exterior, a maior parte com expressivos aumentos no valor de receitas: Brasil Trading (110º colocada na lista geral), Cotia (115º), Cisa Trading (187º), Tangará (240º), Columbia Trading (260º), Unicafé (418º), Energy (455º), BMC (559º), Rio Branco (671º), Custódio Forzza (674º), Rio Doce Café (763º), Tristão (812º) e Savixx (928º). 

Entre as principais empresas do setor, a Brazil Trading – empresa fundada para viabilizar a importação de automóveis da montadora coreana Kia Motors – fechou o ano com receitas de R$ 3,36 bilhões, uma alta de 53,4%. Mesmo patamar de expansão da Cotia, que teve receitas de R$ 3,31 bilhões (alta de 56,9%), Cisa Trading, R$ 2,15 bilhões (54,0%), Tangará Foods, R$ 1,57 bilhão (47,7%), e a Columbia Trading, R$ 1,44 bilhão (66,6%). 

O mesmo desempenho das empresas de comércio exterior não foi percebido pelos demais negócios sediados no Estado que figuram no ranking. A transportadora Águia Branca permaneceu na 133º com receita líquida de R$ 3,01 bilhões (evolução de 13,7% na comparação com 2010), o frigorífico Frisa figurou pela primeira vez no ranking na 622º colocação, com receita próxima a meio bilhão de reais, e a Hortigil (conhecida pelo nome fantasia de Hortifruti) saltou da 684º para o 632º lugar, com receita líquida de R$ 487 milhões. 

Completam a lista de empresas capixabas a estatal Companhia Espírito Santense de Saneamento (Cesan), que caiu uma posição em relação ao ano passado e terminou na 682º colocação, e a metalúrgica Perfilados Rio Doce, que estreou no rol de grandes negócios, no 883º lugar.

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