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Grupos Itapemirim e Águia Branca podem se associar

Duas grandes empresas de transporte, ligadas a duas das famílias mais ricas do Estado, estão no meio das especulações de mercado em torno de uma negociação bilionária. De acordo com o site Relatório Reservado, os grupos Itapemirim e Águia Branca estão negociando uma associação. A união pode resultar em uma nova empresa com faturamento estimado de R$ 3 bilhões, que passaria a ser responsável por 12% das passagens de ônibus interestaduais vendidas no Brasil. Ao todo, as duas empresas transportam cerca de 15 milhões de passageiros por ano.
 
De acordo com o site, o negócio está sendo conduzido pelo deputado federal Camilo Cola (PMDB), fundador do grupo Itapemirim, e por Nilton Carlos Chieppe, presidente e um dos principais acionistas da Águia Branca. Apesar da rivalidade história entre as companhias, a associação poderia colocar as empresas entre os principais players do mercado. O negócio teria sido estimulado, segundo Relatório Reservado, pelos “caprichos do destino e o cruzamento de interesses corporativos e familiares”.
 
O site avalia que, em nome do futuro, as duas famílias parecem dispostas a ignorar as hostilidades do passado e seguir numa só direção. A família Chieppe vislumbraria na parceria um movimento estratégico capaz de revigorar sua operação de transporte de passageiros, que, ano a ano, tem participação cada vez menor no faturamento do grupo Águia Branca. Nos últimos dez anos, o grupo diversificou suas atividades, sobretudo, nos negócios realizados durante o governo Paulo Hartung (PMDB), quando entrou no mercado do transporte aéreo e até mesmo na compra de terrenos.
 
Apesar do site não citar diretamente os motivos por trás do interesse do grupo Itapemirim na associação, fontes de bastidores dão conta que o grupo passa há certo tempo por um período de estagnação. Pesaria contra os negócios a disputa familiar entre os filhos de Camilo pela herança da mãe, Ignez Cola, morta em 2008. Existem várias ações na Justiça sobre o caso, em uma delas, a filha de Camilo, Ana Maria, pede a interdição do pai.
 
O site Relatório Reservado registra que a história das duas famílias tem várias coincidências. Elas saíram da Itália, instalaram-se no Espírito Santo, mais precisamente nas cidades de Colatina (Chieppe) e Cachoeiro de Itapemirim (Cola), respectivamente, nas regiões norte e sul capixaba. Ambas se enveredaram pelo mesmo ramo de negócio quase que simultaneamente, no fim dos anos 40. Ao longo de sete décadas, elas foram adversárias em disputas de concessões e aquisição de ativos, porém, o novo cenário econômico pode acabar unindo os dois grupos.

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