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Marinha garante liberação de primeiro navio a ser construído no Espírito Santo

Depois de tecer elogios à nova direção da Petrobras na mídia nacional, o governador Paulo Hartung está se movimentando para garantir investimentos da estatal no Espírito Santo. Nesta terça-feira (10), o governo do Estado anunciou a liberação do casco do navio Arpoador, que deverá ser o primeiro das 29 embarcações a serem construídas no Estaleiro Jurong Aracruz (EJA). O projeto industrial conta com o apoio do peemedebista desde a primeira Era Hartung, quando foram liberados os incentivos fiscais para o empreendimento.

Segundo informações da assessoria da Secretaria de Desenvolvimento (Sedes), o equipamento deverá chegar neste sábado em mares capixabas para ser concluído no estaleiro. O casco foi montado em Singapura com partes produzidas no país e deverá ser apenas concluído no Estado.  Desde o final do ano, a embarcação está ancorada próxima à região de Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, onde aguardava a autorização da Marinha do Brasil.

“O governo atuou junto à Marinha, que esteve sempre disposta a apoiar no que fosse possível para agilizar essa vinda. Fizemos algumas reuniões, eles enviaram um técnico para ajudar no processo e conseguimos antecipar o prazo”, afirmou o secretário José Eduardo Azevedo.

O titular da Sedes afirmou que a chegada do casco vai consolidar o início da indústria naval no Estado, fortalecendo o setor metalmecânico e ampliando as possibilidades de prestação de serviço das empresas capixabas. Mas apesar de todo o otimismo, o navio Arpoador é uma das sete sondas encomendadas pela empresa Sete Brasil, que enfrenta dificuldades financeiras em função da crise da estatal. O contrato para fornecimento de sondas para exploração e produção de petróleo e gás está avaliado em R$ 11 bilhões.

Na última semana, o presidente do EJA e da multinacional singapurense para América do Sul, Martin Cheah, concedeu entrevista ao jornal Valor Econômico, em que levantou a possibilidade de paralisação das atividades no estaleiro, caso a Sete Brasil não quite a dívida que já alcança R$ 200 milhões. Para o executivo, a queda no preço do petróleo e as denúncias de corrupção contra ex-dirigentes da estatal ameaçam a confiança do mercado no cumprimento dos contratos da Petrobras e da Sete Brasil.

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