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Presidente Kennedy tem o maior PIB per capita do País, aponta IBGE

Envolvido em vários escândalos de corrupção, o município de Presidente Kennedy, no litoral sul capixaba, registrou o maior Produto Interno Bruto (PIB) per capita do País. No ano de 2011, o indicador registrou o valor de R$ 387,13 mil por habitante, quase cinco vezes mais do que Vitória, a capital de Estado com melhor PIB per capita. Mas apesar desses números, o município – que pode ser considerado como um “Emirados Árabes capixaba”, em função da exploração da produção de petróleo, – expõe graves problemas de desigualdade social, sem a prestação de serviços básicos aos moradores, como saneamento básico.

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), o PIB do município cresceu mais de sete vezes entre os anos de 2007 e 2011. No primeiro ano do intervalo histórico, o PIB era de R$ 604,79 milhões, chegando a R$ 4,015 bilhões em 2011 – época em que a prefeitura do município, então comandada por Reginaldo Quinta (PTB), cassado por envolvimento em episódios de corrupção. Neste período, o município kennedense estava afundado em denúncias de fraudes em licitações e contratos públicos, que deram origem às investigações da Polícia Federal, resultando a deflagração da Operação Lee Oswald, em abril do ano passado.

A elevação do PIB de Presidente Kennedy é explicada, segundo o IBGE, pelo aumento na alta no preço do barril de petróleo, que serve para o cálculo do repasse dos royalties – compensação econômica pela exploração da commodity. O instituto aponta que essa elevação também influenciou as principais mudanças nas participações dos municípios no PIB nacional em 2011, como ocorreu nos municípios fluminenses de Campos de Goytacazes (que teve o maior ganho absoluto) e Quissamã (sétimo no ranking nacional, com PIB per capita de R$ 193,74 mil), este último também com baixa densidade demográfica.

Outros municípios capixabas aparecem com destaque na relação do PIB per capita foram: Anchieta (que ocupou a 9ª colocação no País), com R$ 178,05 mil; Itapemirim (29ª), R$ 94,76 mil; Vitória (36ª), R$ 85,79 mil. Segundo o IBGE, todos os índices foram fortemente influenciados por atividades ligadas a commodities. No caso de Anchieta, o município está ligado às atividades de pelotização e sinterização de minério de ferro, enquanto Itapemirim (ambos no litoral sul) é beneficiada pelo royalties da exploração de petróleo. Já Vitória concentra os principais centros de comércio e serviços, assim como sofre a influência das atividade de grandes projetos, como a mineradora Vale.

Completam a relação dos 20 maiores PIB per capita do Espírito Santo, os municípios de: Aracruz, R$ 41,01 mil; Marataízes, R$ 39,12 mil; Serra, R$ 32,99 mil; Linhares, R$ 25,24 mil; Marilândia, R$ 24,06 mil; Jaguaré, R$ 22,47 mil; Santa Maria de Jetibá, R$ 19,16 mil Vila Valério, R$ 19,07 mil; Fundão, R$ 18,89 mil; Colatina, R$ 18,68 mil; Ibiraçu, R$ 17,87 mil; Cariacica, R$ 17,45 mil; e Viana, R$ 17,43 mil.

Dos 78 municípios capixabas, 21 deles registram um PIB per capita abaixo de R$ 10 mil São eles: Iúna, R$ 9,99 mil; Itarana, R$ 9,93 mil; Ibitirama, R$ 9,69 mil; Rio Novo do Sul, R$ 9,6 mil; Ibatiba, R$ 9,59 mil; Divino de São Lourenço, R$ 9,43 mil; Muniz Freire, R$ 9,23 mil; Ponto Belo, R$ 9,15 mil; São José do Calçado, R$ 9,09 mil; Pedro Canário, R$ 8,71 mil; Bom Jesus do Norte, R$ 8,61 mil; Alto Rio Novo, R$ 8,56 mil; Alegre, R$ 8,54 mil; Afonso Cláudio, R$ 8,2 mil; Mantenópolis, R$ 8,34 mil; Água Doce do Norte, R$ 8,15 mil; Muqui, R$ 8,13 mil; Jerônimo Monteiro, R$ 8,01 mil; Apiacá, R$ 7,91 mil; Laranja da Terra, R$ 7,68 mil; e Pancas, que registrou o menor índice do Estado com R$ 7,18 mil.

Clique aqui e veja a relação completa do PIB per capita dos 78 municípios capixabas (formato Excel).

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