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Sindipetro visitará municípios capixabas em caravana contra a privatização

A Caravana dos Petroleiros irá percorrer cidades que serão impactadas com a saída da Petrobras

O Sindicato dos Petroleiros do Espírito Santo (Sindipetro/ES) irá visitar municípios do Espírito Santo que serão mais impactados com a saída da Petrobras e conscientizar a população sobre a importância de se posicionar contrária à privatização da estatal. Trata-se da Caravana dos Petroleiros, que começou nesta sexta-feira (8), em São Mateus, norte do Estado, e percorrerá ainda as cidades de Conceição da Barra, Jaguaré e Linhares, também no norte; e Presidente Kennedy, no sul.

O coordenador-geral do sindicato, Valnisio Hoffmann, afirma que as atividades da Caravana serão realizadas em algum ponto estratégico da cidade, com grande circulação de pessoas, onde será feita panfletagem, diálogo com os moradores sobre a importância da Petrobras, além de distribuição de cupons de desconto para o gás de cozinha como forma de informar as pessoas sobre qual deveria ser o valor do combustível caso o governo Bolsonaro (PL) não atrelasse o preço ao dólar.

Caravana dos Petroleiros, em São Mateus. Foto: Divulgação

Em São Mateus, por exemplo, onde começou a caravana, o Sindipetro conseguiu um fornecedor de gás pelo valor de R$ 110,00, distribuiu um cupom no valor de R$ 70,00, portanto, quem o recebeu terá que pagar apenas R$ 40,00 pelo gás de cozinha. Esse seria o valor, caso o governo federal mudasse sua política de preço, afirma Valnísio.

Outras atividades da caravana são os encontros com políticos locais, como vereadores e prefeitos, para mostrar as consequências da privatização da Petrobras para a cidade. O coordenador geral do Sindipetro destaca que um dos prejuízos é a perda dos royalties. Ele recorda que a Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) estabeleceu que empresas consideradas pequenas devem pagar apenas 5% dos royalties, enquanto a Petrobras, 10%.

O dirigente sindical explica que essas empresas estão comprando postos da Petrobras, que, a partir da venda, terão os royalties reduzidos em 50%. O dirigente sindical aponta ainda a redução salarial. Conforme afirma, trabalhadores que atuam como operadores de campo, por exemplo, quando trabalham na Petrobras ganham cerca de R$ 4,5 mil. Nas empresas que compram os postos, a remuneração reduz para uma média de R$ 1,5 mil. Além disso, há perda de benefícios, como o fato de o plano de saúde não ser mais extensivo aos dependentes.
Essa realidade, salienta Valnísio, não é prejudicial somente para os petroleiros, mas também para a economia da região, uma vez que os trabalhadores perdem poder de compra e isso prejudica o comércio local.

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