Comissão de Segurança da Assembleia quer que os 78 municípios capixabas implantem unidades
A iniciativa da Comissão de Segurança e Combate ao Crime Organizado da Assembleia Legislativa de encaminhar para prefeitos dos 78 municípios capixabas uma indicação para “estudo de viabilidade” e implantação de escolas cívico-militares, não surtirá efeito, como avalia o Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública do Espírito Santo (Sindiupes). “A indicação vai naufragar, as escolas cívico-militares são caras”, afirma o diretor de Comunicação da entidade, Paulo Loureiro.
Ele acredita que a questão financeira é o único fator a barrar a proliferação desse tipo de escola em muitos municípios após o Governo Lula (PT), no primeiro mês de seu mandato, pôr fim ao Programa Nacional de Escolas Cívico-Militares (Pecim), bandeira política de Jair Bolsonaro (PL).
“Se fosse simplesmente pela ideologia, muitos acatariam a indicação, pois muitos leem a cartilha do extremismo e do bolsonarismo, mas não há como bancar sem recurso federal. E também não há recurso estadual, pois o governo Renato Casagrande (PSB) não apoia”, aponta.
O colegiado também destaca que o modelo tem “uma gestão diferenciada, em que os militares, sejam das polícias militares ou das forças armadas, participam do gerenciamento das escolas, exceto a parte educacional”.
As indicações são assinadas pelos deputados Danilo Bahiense (PL), presidente do colegiado, e Allan Ferreira (Podemos), Coronel Weliton (PRD), Mazinho dos Anjos (PSD) e Pablo Muribeca (Republicanos).