Os alunos que não participam das ocupações, apoiam os colegas por meio de protestos, como aconteceu em Vila Velha na manhã desta quinta-feira (28), quando alunos das escolas estaduais Catharina Chequer, Maura Abaurre, Agenor de Souza Lê, Agenor Roris e Florentino Avidos fizeram uma manifestação em solidariedade às escolas ocupadas o município. Vila Velha tem cinco unidades ocupadas pelos alunos.
Além das escolas, estão ocupados prédios da Universidade Federal do Estado (Ufes) e o Instituto Federal do Estado (Ifes) de São Mateus, no norte do Estado. No campus da Ufes, em Goiabeiras, estão ocupados os prédios Centro de Artes (Cemuni) V e VI e IC II e IV. O Centro Universitário Norte do Espírito Santo (Ceunes), campus da Ufes em São Mateus, também está ocupado pelos alunos.
Durante a tarde, representantes dos alunos ocupantes e da Justiça Eleitoral se reuniram com o presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Estado (TRE-ES), o diretor-geral do TRE-ES, Alvimar Dias Nascimento e os juizes eleitorais Rodrigo Cardozo e Alexandre Farina para definir estratégias para o segundo turno, neste domingo (30).
No encontro ficou definido que no dia das eleições não haverá intervenção da Polícia Militar; não será feita panfletagem ou qualquer tipo de manifestação; poderão estar na escola até 35 ocupantes; terá de ser entregue uma lista com o nome dos ocupantes para o responsável do TRE; e todos os alunos deverão estar uniformizados no dia da eleição.
Os alunos das escolas ocupadas continuam recebendo doações de mantimentos, materiais de higiene e limpeza e kits de primeiros socorros para passarem os dias nas ocupações. Além disso, os alunos também pedem a ajuda de voluntários para ministrarem aulas.
As ocupações em todo o País ocorrem contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241/2016 – aprovada em segundo turno pela Câmara dos Deputados nesta terça-feira (25) – e outras medidas que sucateiam a educação pública. Os estudantes As escolas ocupadas continuam recebendo doações de alimentos, produtos de higiene e kits de primeiros socorros para os alunos que participam da ocupação. Além da PEC, os estudantes protestam contra medidas do governo federal que sucateiam a educação pública, como a Medida Provisória (MP) 746/2016 – conhecida como a reforma do Ensino Médio e o projeto Escola Sem Partido.
A MP 746 foi proposta de maneira autoritária e sem diálogo com a comunidade escolar. Já a PEC 241 estabelece um teto para gastos públicos por até 20 anos, para saneamento da dívida pública. Na prática, a proposta representa o sucateamento dos serviços públicos para a população, principalmente a mais vulnerável, além de perdas para os servidores públicos.
A matéria congela os gastos públicos por 20 anos, período em que o dinheiro economizado será canalizado para o pagamento da dívida pública, que atualmente consome quase metade do orçamento do País. O limite de referência dos gastos passa a ser o do ano anterior, com correção da inflação.
Escolas ocupadas nesta quinta-feira: