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Alunos protestam contra paralisação das obras de escola em reforma desde 2009

No final de 2009, penúltimo ano do segundo mandato do governo Paulo Hartung (PMDB), os alunos da EEEM Dr. Silva Mello, no bairro de Muquiçaba, em Guarapari, foram obrigados a deixar o prédio para a escola passar por reforma. 

 

No ano seguinte, a Secretaria de Estado da Educação (Sedu) locou um prédio no Centro do município, na Rua Horácio Santana, onde funcionava o Colégio Americano, e transferiu os alunos para o novo endereço.

O primeiro contrato da Sedu com a empresa Século XXI Produções Artísticas que aparece no Diário Oficial do Estado é de fevereiro de 2011, e prevê dois anos de locação a R$ 20 mil mensais. Desse período que há registro até dezembro de 2015, quando termina o contrato, o Estado terá pago R$ 1,1 milhão de aluguel aos donos do imóvel.

O problema não é só a demora para a conclusão das obras da Dr. Silva Mello e o dinheiro público gasto com a locação por um período tão longo, os alunos se queixam das péssimas condições de infraestrutura do atual prédio. 

A presidente do Grêmio Estudantil Helenira Rezende, Alessandra Abib, 17 anos, diz que a estrutura do prédio alugado põe em risco alunos, professores e funcionários. Ela conta que há pedaços de paredes se soltando pelas salas e corredores da escola. As placas de borracha do piso também estão soltas. “Há vários salas de aula interditadas por causa do risco. O laboratório de informática não funciona e a biblioteca está inapropriada para uso”, lista a estudante. 

Em repúdio à paralisação das obras de reforma da Dr. Silva Mello, o grêmio organizou um grande protesto para está terça-feira (27). Os alunos se concentram na Praça Itapemirim, em Muquiçaba, em vão em passeata até a Dr. Silva Mello, em Itapebussu. Em seguida, seguem para Rua Horácio Santana, no Parque da Areia Preta, Centro, onde funciona há mais de cinco anos a escola “provisória”. 

Alessandra diz que o desejo dela e dos colegas é poder voltar a estudar na Silva Mello. Ela afirma que pais, alunos e professores ficaram indignados com a paralisação das obras. “A informação que temos é de que falta pouco para as obras serem concluídas. Dizem que no máximo três ou quatro meses. Por que não terminam logo as obras? O Estado não precisaria mais pagar aluguel e nos poderíamos estudar numa escola que não nos expõe ao risco, como ocorre hoje”, questionou a estudante. 

O protesto desta terça-feira é o segundo do ano. Em março deste ano os alunos também foram às ruas pedir que o governo do Estado finalize as obras da escola Dr. Silva Mello

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