O governo Paulo Hartung está “passando o rodo” nas escolas do Espírito Santo: fechou 42 escolas em três anos. Em 2014, último ano do governo anterior, 361 escolas ofereciam ensino noturno. Em 2018, são apenas 202 escolas que oferecem ensino à noite.
Este é o balanço que faz o professor e deputado estadual Sergio Majeski (PSDB), que antevê mais um ano difícil no setor educacional. O ano letivo de 2018 começou nesta segunda-feira (5) em toda a rede escolar estadual.
Para o ano que se anuncia difícil na educação, o deputado chama à luta todos os setores que defendem a educação como o maior patrimônio para a juventude. “Teremos mais um ano complicado para a educação”, analisa o deputado.
Tudo pela incompetência e falta de compromisso social dos que conduzem a educação no governo do Estado. O resultado desta política sem compromisso com a educação se mostra claramente no fechamento do ensino noturno em vários municípios.
Sergio Mageski cita os municípios de Santa Maria de Jetibá, Afonso Cláudio e Muniz Freire, onde nas últimas semanas as comunidades se manifestaram contra o fechamento de escolas e do ensino noturno. Defende que onde quer que haja prejuízo, que a população se manifeste com energia em defesa do direito à educação.
O deputado cobra o compromisso das autoridades tanto do Judiciário quanto do Ministério Público, para assegurar que as escolas funcionem onde a comunidade precisa, e não onde o governo quer. Não é o que vem acontecendo nos últimos anos do atual governo, critica o deputado.
Ele cita que 61.702 jovens de 4 a 17 anos estavam fora da escola em 2014. Estes números foram levantados pelo Movimento Todos Pela Educação, com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). Ainda não há uma atualização, mas o deputado aponta que há aumento dos excluídos com o fechamento de escolas e cursos.
Em 2014, 200 mil pessoas entre 18 e 29 anos não concluíram a educação no ensino fundamental e médio. Atualmente há um numero substancialmente maior de crianças e adolescentes, além dos adultos, fora da escola. Os números só poderão ser precisos com uma nova pesquisa nesta área.
O fechamento de vagas é claramente observado no caso do programa Educação para Jovens e Adultos (EJA). Em 2014, foram criadas 143.887 vagas. Em 2018, apenas 40.625 vagas no EJA, uma redução de 71.77%. De 4.663 turmas do EJA em 2014, restaram 1.150 turmas em 2017.
O número de matrículas no ensino regular da rede estadual foi de 293.664 alunos em 2014. Em 2018, o numero caiu para 210.381, uma redução de 28,36%.
Ao analisar os dados, pode-se reparar que o número de alunos matriculados tanto no EJA quanto no ensino regular tem caído. Deve-se ao fato de o Estado não estimular a ida dos alunos para escola. Ao contrário, tem ofertado menos vagas e fechado muitas turmas, sob o pretexto de que não há demanda.
Depois de condenar a incompetência e irresponsabilidade do governo do Estado na condução da educação no Espírito Santo, com fechamento de escolas com o único propósito de deslocar alunos para a Escola Viva, vitrine da educação no governo, Sergio Majeski chama a sociedade para se manter vigilante no atual ano letivo, que começou nesta segunda-feira (5) em toda a rede estadual de educação.
O deputado, que faz visitas sistemáticas à rede estadual, afirmou que constata no dia a dia que a maioria das escolas tem problemas estruturais, sem salas especiais, sem laboratórios e sem internet. Um descalabro, afirma o parlamentar.