A gestão democrática é uma das principais reivindicações da comunidade escolar na Capital, uma vez que, na gestão de Lorenzo Pazolini (Republicanos), diretores eleitos foram exonerados e substituídos por outros indicados pela prefeitura, além de a escolha dos gestores ter sido adiada por um ano, conforme o Decreto nº23.486, de abril último. Contudo, apenas dois candidatos deste ano abordam a questão das eleições diretas em seus planos de governo: Camila Valadão (Psol) e João Coser (PT).
Em suas propostas, Pazolini não fala em eleições diretas para diretor, mas em “ampliar e aprimorar os processos de formação e seleção de gestores escolares, visando ampliar suas competências em gestão e liderança”. A medida vai ao encontro de ações já colocadas em prática por sua gestão, como a publicação de edital para contratar uma Organização da Sociedade Civil (OSC) para dar formações e selecionar diretores da rede municipal, o que gerou uma nota de repúdio do Fórum Municipal de Educação de Vitória (FMEV), por considerar que a iniciativa “fere os princípios da democracia e da educação”, citado a Constituição Federal.
A única proposta ligada à gestão democrática que consta no plano de governo de Lorenzo Pazolini é “fortalecer e ampliar a participação dos estudantes nos grêmios estudantis e conselhos de escolas”.Capitão Assumção (PL), Du (Avante) e Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB) não mencionam a defesa das eleições diretas para diretor nem outra proposta relacionada à gestão democrática.