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Apesar de questionamentos da sociedade civil, aulas presenciais retornam na rede estadual

Casagrande afirma que “as escolas estão preparadas”, mas serão feitas avaliações semanais 

Embora famílias, entidades da sociedade civil e especialistas afirmarem ver com preocupação o retorno das aulas presenciais no dia três de fevereiro, o governador Renato Casagrande (PSB) anunciou, em coletiva de imprensa realizada na tarde desta sexta-feira (28), no Palácio Anchieta, o início do ano letivo nesse formato. “Imaginávamos que começaria em um cenário diferente, mas optamos por seguir em frente com o calendário já definido, pois nossas escolas estão preparadas”, disse o gestor.

Diante da possibilidade de retorno presencial, a professora da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), doutora em Educação e coordenadora do Laboratório de Gestão da Educação Básica (Lagebes/Ufes) Gilda Cardoso, chegou a afirmar para Século Diário que “os gestores públicos da Educação, no nível estadual e municipal, agem como se a pandemia já tivesse acabado”.

A epidemiologista e professora da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) Ethel Maciel também já declarou em suas redes sociais o espanto diante da falta de investimento, em âmbito nacional, nas escolas em relação à maior ventilação, distribuição de máscaras mais filtrantes e um programa de testagem sistemático da comunidade escolar, como ocorre nos Estados Unidos e países da Europa, com 100% das pessoas sendo testadas duas vezes por semana.
Na coletiva, o governador informou que, no final de 2021, foi repassado para as escolas R$ 108 milhões, sendo que desse montante cerca de R$ 22 milhões serão destinados a ações de prevenção à Covid-19, como reformas e aquisição de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). “Tudo que for preciso para conduzir a aula dentro da segurança sanitária”, afirmou.
Apesar da opção do retorno presencial, Renato Casagrande não descarta a possibilidade de, posteriormente, serem adotados outros formatos. De acordo com ele, serão feitas avaliações semanais sobre o cenário da pandemia. “Se necessário, mudaremos as medidas com base em orientações técnicas”, informou, destacando, em meio à crise sanitária, em 2022 a educação será “a prioridade das prioridades”.
“É importante retornarmos às aulas presencias porque em 2020 e 2021 os alunos ficaram muito tempo fora da sala de aula. A educação é fundamental e sempre foi prioridade nossa. Com a pandemia, virou a prioridade das prioridades. 2022 vai ser o ano em que a gente quer marcar nossas ações na área da educação”, disse.
O governador também informou que a matrícula dos estudantes não foi condicionada à exigência de vacinação. Entretanto, caso o aluno não tenha se vacinado, os pais serão orientados a imunizá-los, podendo, inclusive, em caso de recusa, o Conselho Tutelar ser acionado.

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