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Aprovados do magistério de Vitória acionarão a Justiça para garantir nomeação

Ações terão apoio do setor jurídico do grupo Professores Associados pela Democracia de Vitória (PAD-Vix)

Cerca de 150 aprovados no concurso do magistério de Vitória entrarão com ação judicial contra a prefeitura, como informa o diretor executivo do grupo Professores Associados pela Democracia de Vitória (PAD-Vix), Aguinaldo Rocha de Souza. As ações, que serão individuais, terão apoio do setor jurídico da associação e reivindicam a nomeação dos aprovados no certame realizado na gestão passada de Luciano Rezende (Cidadania).

“É notório que existem vagas para os concursados, não é especulação”, diz Aguinaldo. Ele exemplifica com a realidade da Escola Municipal de Ensino Fundamental Prezideu Amorim, na qual autua como diretor. Nessa unidade há quatro vagas para pedagogo, seis de Profissional da Educação Básica (PEB) II e duas de professor de Matemática que precisam ser preenchidas por meio de concurso público. “Essa é a realidade de uma unidade de ensino, temos 102 no município de Vitória”, destaca.

O diretor da PAD-Vix explica que o grupo está aberto a abrir ações para outros aprovados que tiverem interesse.
Enquanto isso, afirma, as vagas têm sido ocupadas por contratos temporários. Cerca de 300 deles, inclusive, conforme aponta o professor, serão rescindidos entre outubro e novembro, sem intenção de renovação por parte da gestão pública nem de nomeação de concursados. Essa situação, salienta, causará “descontinuidade do processo pedagógico”.

De acordo com Aguinaldo, as vagas deverão ser preenchidas por aprovados nos processos seletivos feitos recentemente ou por efetivos em carga suplementar de trabalho.

“Esse professor que vai atuar com essa nova turma vai ter que conhecer o aluno, se adaptar a ele, à família, e quando isso acontecer, o ano letivo já acabou”, destaca. Aguinaldo aponta que existe ainda a dificuldade de contratação, uma vez que, de cada 30 docentes aprovados nos processos seletivos, cerca de 10 assumem, já que os contratos terminam em dezembro.
O diretor executivo da PAD-Vix também informa que muitos professores têm contratos firmados em 2022, não valendo a pena trocar por um que finda em 2021, ou estão em contratos que acabam em dezembro mesmo, mas preferem permanecer neles para não ter que reiniciar o processo de adaptação a uma nova turma. Já os profissionais efetivos, muitos não têm disponibilidade no final do ano de assumir carga suplementar de trabalho.
Para Aguinaldo, a situação da Educação de Vitória, com a não nomeação de todos aprovados, sendo as vagas ocupadas por contratos temporários, trata-se de uma “falta de sensibilidade” da gestão de Lorenzo Pazolini (Republicanos). “Estamos falando de educação, não de trocar lâmpada, estamos lidando com vidas”, acrescenta, denunciando ainda que em 10 meses de administração, o prefeito ainda não conversou com os diretores das escolas.
Além disso, Aguinaldo ressalta que o Projeto de Lei 134/2021, de autoria da gestão de Lorenzo Pazolini, aprovado em agosto, que institui bonificação por desempenho para trabalhadores da educação, trata-se de uma forma de fazer com que a prefeitura garanta disponibilidade de docentes nas escolas, “ignorando direitos como afastamentos e licenças, em vez de garantir a quantidade necessária de trabalhadores”. 
O PL prevê que, para receber o bônus, os principais indicadores que serão levados em consideração serão a frequência e a contribuição para o desempenho da unidade de ensino. No que diz respeito à frequência, a avaliação levará em consideração “o cumprimento regular das funções, de forma presencial, desconsiderada toda e qualquer falta, inclusive justificada ou abonada, além de afastamentos e licenças”. As exceções, explica a gestão de Lorenzo Pazolini, são as férias, licenças maternidade e paternidade, e as folgas em razão do trabalho feito para a Justiça Eleitoral.

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