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Aulas presenciais podem retornar em maio, prevê secretário de Saúde

Informação é baseada na possibilidade de redução da Taxa de Transmissão e da ocupação de leitos de UTI

Dados divulgados nesta segunda-feira (26) pelo secretário estadual de Saúde, Nésio Fernandes, mostram tendência de queda nos casos confirmados de Covid-19. A previsão é de que a Taxa de Transmissão (RT) desta e da próxima semana chegue a um ou até menos. Ao longo do mês de maio, a taxa de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pode ser inferior a 80%. Assim, as aulas presenciais podem retornar no próximo mês na maioria dos municípios, conforme projeta o gestor da pasta.

De acordo com o secretário, se essas previsões de consolidarem, muitas cidades mudarão seu enquadramento dentro da Matriz de Risco, que estabelece risco, baixo, moderado, alto ou extremo. “As flexibilizações, as aberturas econômicas e sociais, não são aleatórias. São previstas, definidas, estabelecidas pela matriz com o risco de cada município. Ao alcançar taxa de ocupação inferior a 80%, o Espírito Santo apresentará majoritariamente risco baixo e moderado, podendo retornar as atividades educacionais”, disse.

Diante disso, acredita Nésio, avançar na imunização dos profissionais da educação, tanto os docentes quanto os demais, foi um passo importante. “Esta semana inicia a massificação do processo de vacinação dos professores. Iremos disponibilizar 16 mil doses da AstraZeneca. Não serão utilizadas da Coronavac nem nos professores nem nos profissionais da segurança”, informou. De acordo com Nésio, a decisão foi tomada diante da escassez de imunizantes fabricados pelo Instituto Butantan, em São Paulo, para aplicação da segunda dose.
A epidemiologista e professora do Centro de Ciências da Saúde (CCS) da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Ethel Maciel, não concorda com os critérios adotados para um possível retorno das aulas presenciais. “Não se pode focar o controle da pandemia em leitos, mas no controle da infecção”, diz, apontando que não basta a Taxa de Transmissão (RT) estar abaixo de 1, pois o ideal é abaixo de 0,5.
“A taxa reflete o que fizemos uma ou duas semanas atrás. De fato, a quarentena possibilitou sua queda, mas a queda deve ser consistente. Se ela se mantiver menor que 0,5 pelo menos duas semanas, pode-se dizer que reduziu de forma consistente. Caso contrário, vamos continuar nesse abre e fecha”, diz, referindo-se à abertura e fechamento das atividades comerciais e sociais.
Ethel explica, ainda, que no caso dos trabalhadores da educação que tomaram vacina da AstraZeneca, o ideal é que eles retornem à sala de aula somente 21 dias após a aplicação da primeira dose. No caso da Coronavac, 15 dias depois da segunda.


De acordo com a atual Matriz de Risco, válida a partir desta segunda-feira (26), 23 municípios estão em risco moderado para Covid-19, sendo autorizadas as aulas presenciais. Outros 50 estão em risco alto, incluindo a Grande Vitória, e cinco em risco extremo, o que impede a abertura de escolas. A questão é alvo de polêmicas, com repercussão inclusive na Justiça, que recentemente derrubou decisão que permitia aulas em todo o Espírito Santo, independentemente da classificação estipulada pelo governo do Estado.

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