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Eustáquio e Sônia vencem consulta para Reitoria da Ufes

Chapa alcançou 53,9% dos votos válidos, contra 46,1% da concorrente. Consulta contou com 7,6 mil votantes

Com 53,9% dos votos válidos, a “Chapa 10 – Nossa Ufes: Incluir, Construir, Transformar” venceu a consulta à comunidade acadêmica para a Reitoria da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Os escolhidos são o candidato a reitor Eustáquio de Castro, professor do Departamento de Química e vice-diretor do Centro de Ciências Exatas (CCE), e vice, professora Sonia Lopes Victor, do Departamento de Teorias do Ensino e Práticas Educacionais. 

Divulgação

A consulta ocorreu nessa quarta-feira (8). A “Chapa 20 – Ufes+”, de oposição ao atual reitor, era encabeçada por Edinete Maria Rosa, professora do Departamento de Psicologia Social e do Desenvolvimento e diretora do Centro de Ciências Humanas e Naturais (CCHN), e tem como vice Maria Lúcia Teixeira Garcia, docente do Departamento de Serviço Social. Elas obtiveram 46,1% dos votos válidos.

A consulta contou com a participação de 7,6 mil votantes, num universo de 29,5 mil aptos, ou seja, 26% participaram do processo eleitoral. Na separação por segmento, compareceram às urnas 67,6% dos professores, 66,76% dos técnicos e 19,79% dos estudantes. A chapa 10 obteve 698 votos dos professores, 759 dos servidores técnico-administrativos e 1,9 mil dos estudantes. Já a chapa 20, obteve 487 votos dos professores, 448 dos técnicos e 3,2 mil dos estudantes. Foram registrados, ainda, 15 votos brancos e nulos entre os docentes, 29 entre os técnico-administrativos e 36 entre os estudantes.

Desde a manhã desta quinta-feira (9), os apoiadores parabenizavam a chapa vencedora nas redes sociais, pois faltava apurar somente os votos dos campi do interior, o que já previa, portanto, a vitória de Eustáquio e Sônia. A Ufes divulgou o resultado oficialmente somente após a apuração dos votos de São Mateus, no norte do Estado, e Jerônimo Monteiro e Alegre, no sul.

Eustáquio avalia que a escolha da comunidade universitária foi pautada “na experiência e postura profissional mostrados nos cargos de gestão e na carreira acadêmica” e na aposta e um projeto coletivo. “Somos representantes de um projeto de uma comunidade que a gente ouviu. Nosso modelo de gestão será baseado naquilo que a comunidade expressou e também para além dos muros da universidade”, destacou. “Ir para além dos muros da Ufes”, afirma, “é dialogar com todos setores. Não é um mandato do Eustáquio e da Sônia, é um mandato das pessoas que têm compromisso com a universidade”.

De acordo com ele, a gestão vai atuar com “efetividade e afetividade”. Eustáquio aponta que efetividade é no que diz respeito a “um serviço efetivo voltado para a gestão pública”, e afetividade seria “o foco no ser humano e no ambiente que o cerca”. “universidade não pode ser uma bolha, não pode ter um fim nela própria, é a sociedade a razão de sua existência”, diz.

Durante a campanha, a “Chapa 10” buscou abarcar mais apoiadores dentro da própria comunidade acadêmica. Já a “Chapa 20” evidenciou que possui entusiastas entre representantes de movimentos sociais e figuras que ocupam cargos políticos. Uma delas a professora Ethel Maciel, secretária nacional de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA) – candidata mais votada na pesquisa informal de 2019, mas preterida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A definição da lista tríplice de nomes para a escolha do presidente Lula ocorrerá em 11 de dezembro. Entretanto, é visto como praticamente impossível que se repita o que aconteceu com Ethel, uma vez que situações dessas na Ufes ocorreram somente na gestão de Jair Bolsonaro (PL) e na ditadura militar, portanto, em governos autoritários.

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