José Carlos informa que Goggi se comprometeu a defender tempo parcial e integral em Tabuazeiro
O compromisso assumido pelo vereador de Vitória Anderson Goggi (PP) de defender junto à gestão do prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos) a disponibilização de turmas de período integral e parcial em Tabuazeiro é considerado um avanço pela comunidade. A garantia foi dada durante a reunião realizada na unidade de ensino nessa terça-feira (17).
Estiveram presentes, ainda, a subsecretária municipal de Gestão Pedagógica, Luana Santos Lemos.; representantes do Conselho Tutelar, da associação de moradores; do grupo Professores Associados pela Democracia de Vitória (Pad-Vix); e do Conselho Municipal de Educação de Vitória (Comev).
Pai de estudante do Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI), que adotará o modelo integral em 2024, José Carlos Durans destaca como ponto importante o fato do vereador integrar a base do prefeito. Até o momento, o apoio à demanda vinha somente de Karla Coser (PT), André Moreira (Psol) e Vinícius Simões (Cidadania), da oposição.
Ele recorda, porém, que assim que a adoção do modelo foi anunciada pela Secretaria Municipal de Educação (Seme), a comunidade procurou Goggi intermediar a questão. Contudo, recebeu como resposta que ele havia reivindicado à prefeitura a construção de uma nova unidade de ensino para funcionamento integral, e não a criação de uma de tempo parcial ou com horário misto.
Mesmo após a coleta de 482 assinaturas no abaixo-assinado feito pela comunidade escolar para fazer sua reivindicação, acrescenta José Carlos, não houve procura por parte do vereador para debater o assunto, o que aconteceu somente depois de pressão popular em suas redes sociais.
Também participaram da reunião dessa terça representantes de comunidades de Morro do Quadro, Santos Dumont e Andorinhas, com quem o vereador se comprometeu a fazer uma visita e dialogar sobre as demandas relacionadas à implantação do tempo integral.
A subsecretária, segundo José Carlos, expôs o mesmo projeto já apresentado anteriormente pela secretária municipal de Educação, Juliana Roshner, para a comunidade. “Ela falou de algo que a gente conhece de trás pra frente, de frente pra trás”, diz. Luana Santos disse que encaminharia os questionamentos da comunidade para o prefeito e a secretária de Educação.
Um documento com as reivindicações de Tabuazeiro foi entregue ao vereador e à subsecretária. Nele, é manifestado que a comunidade não é contra a implantação do modelo integral, mas defende que também haja a opção do parcial. “É um direito, e uma obrigação do governo atender a uma necessidade que é assegurada por lei. Visto que não há obrigatoriedade de haver 100% das escolas em tempo integral”, destaca o documento, que também sugere mudanças estruturais no atual prédio do CMEI, como o aumento da cozinha para que as refeições possam ser preparadas, sem necessidade de adquirir de fora.
Um novo prédio para abrigar o CMEI Jacy Alves Fraga é construído pela prefeitura. A comunidade reivindica informações como a data na qual será entregue, quantidade de vagas ofertadas, se haverá contratação de novos professores, e quantidade de turmas e de alunos em cada uma. Também argumenta que quem não puder ou não quiser colocar as crianças no modelo integral, terá que procurar uma unidade de ensino parcial, sendo que a mais próxima fica a quase 2 km de distância, em um trajeto mais curto, passando por dentro de um cemitério, onde não há segurança.
Essa situação, conforme consta no documento, leva em consideração o morador de Tabuazeiro, mas hoje várias comunidades são atendidas pelo CMEI, como Santa Cecília, Fradinhos, Maruípe e São Cristóvão. A comunidade questiona se haverá transporte público gratuito para levar as crianças desses locais para a escola, já que “grande parte das famílias mal tem dinheiro para manter as necessidades básicas da sua família”.
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