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Comunidade cobra resultado de consulta sobre tempo integral em Mário Cypreste

Pasta chefiada por Juliana Roshner em Vitória não findou a votação no prazo estabelecido

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CMV

A comunidade da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Amilton Monteiro da Silva, em Mário Cypreste, Vitória, questiona a não divulgação do resultado da consulta sobre a implantação do modelo integral. A consulta foi realizada de 12 a 14 de novembro, mas depois foi estendida até essa segunda-feira (18). Mesmo findado esse prazo, a votação prossegue. A apuração, que estava marcada para terça-feira (19), também não ocorreu, embora esta sexta-feira (22) seja o último dia para a rematrícula.

Mãe de um dos alunos, Gisele de Oliveira Nunes relata que o argumento para a extensão do prazo de votação e não divulgação do resultado foi que a Secretaria Municipal de Educação (Seme) afirma que, para a consulta ser encerrada, todos os responsáveis têm que votar. Ela destaca que alguns dos responsáveis não votaram, pois para eles “tanto faz”, não havendo preferência pelo parcial ou integral.

Gisele acredita que a Seme está tendo essa postura pelo fato de a maioria dos votantes estarem optando pelo modelo parcial, tratando-se, portanto, de “um golpe para ganhar tempo”. A rematrícula se encerra nesta sexta-feira.

Gisele relata que, na primeira vez que entrou no sistema para rematricular seu filho, as opções que apareciam eram o Amilton Monteiro da Silva, no período integral, e as EMEFs Alvimar Silva, em Mário Cypreste, e Alberto de Almeida, em Santo Antônio, ambas no parcial. Contudo, alguns dias depois, aparecia somente a opção de matricular no Amilton Monteiro da Silva “no mesmo turno em que o aluno está”. A situação a deixa insegura, por não saber se a criança vai estudar ou não no período parcial, que é o de escolha da família. 

A comunidade escolar aponta falta de diálogo na implantação do tempo integral. Gisele relata que foi feita uma reunião com os responsáveis para tratar do assunto, com a presença da secretária municipal de Educação, Juliana Roshner. Contudo, ao contrário do que imaginavam, não foi para pedir a opinião da comunidade escolar, mas sim informar que o novo modelo seria adotado.

Os responsáveis apontam que a unidade de ensino não tem infraestrutura para um modelo integral. Essa situação foi dita para a gestora, que informou que seria feita uma reforma. Porém, acreditam, um mês e meio, que é o tempo que duraria a obra para que a escola esteja pronta até o início das aulas, não é suficiente para fazer todos os ajustes. O colégio sofre com infiltrações, calor excessivo nas salas de aula e no auditório, além de ter uma quadra totalmente descoberta. Há, ainda, o fato de que muitos responsáveis não acharam as atividades propostas para o integral interessantes, como a implementação de ações para discutir com os alunos “o que eu quero ser quando crescer”.

A secretária afirmou que os responsáveis que não quiserem colocar as crianças no modelo integral podem fazer matrícula na EMEF Alvimar Silva ou na Alberto de Almeida, em Santo Antônio. Muitos responsáveis acham, porém, que a Amilton Monteiro é de mais qualidade, uma vez que costuma promover atividades de conscientização contra o bullyng e há um diálogo maior com a escola.

A EMEF Amilton Monteiro está na lista das 11 unidades da rede de ensino de Vitória que adotarão o modelo integral a partir de 2025. As demais escolas são as EMEFs Paulo Roberto Vieira Gomes, em São Benedito; e Ronaldo Soares, em Resistência; além dos CMEIs Ana Maria Chaves Colares, em Jardim Camburi; Cecilia Meireles, em Monte Belo; Darcy Vargas, em Bela Vista; Geisla da Cruz Militão, em Nova Palestina; Georgina da Trindade, em São José; Nelcy da Silva Braga, em São Cristóvão; Professora Cida Barreto, em Pontal de Camburi; e Sebastião Perovano, no bairro Jabour.

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