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Comunidade escolar repudia fechamento de turmas do EJA

A Frente Parlamentar em Defesa das Políticas Públicas de Juventude da Assembleia Legislativa realizou, na noite desta quinta-feira (23), a audiência pública “Juventude e EJA – o fechamento da EJA e os impactos sociais”, com o objetivo de debater o fechamento de turmas de Educação de Jovens e Adultos (EJA) no Estado.

Enquanto a comunidade escolar aponta a falta de diálogo com a Secretaria de Estado de Educação (Sedu), as turmas de EJA vêm sendo fechadas. A falta de informações impede, inclusive, o aluno de saber se as turmas serão fechadas para a criação de polos para aulas telepresenciais.

O coordenador do Fórum Estadual para EJA, Carlos Fabian de Carvalho, relatou que o diálogo com o governo é difícil e que se não houver abertura e continuarem os fechamentos de turmas os alunos podem ocupar em massa as escolas em protestos, até que haja solução para a ilegalidade.

Carlos Fabian estima que 47 turmas do EJA já tenham sido fechadas desde o ano passado e que em algumas localidades esta era a única opção de ensino.

O deputado Sérgio Majeski (PSDB), proponente da sessão, lembrou que no calendário escolar da rede estadual já não consta EJA presencial a partir de junho deste ano, o que pode ser forte indício de que a modalidade estão em processo de extinção.

O parlamentar ressaltou que o EJA é a alternativa de ensino para as pessoas que não frequentaram a escola regularmente; consta do plano nacional e também do plano estadual de educação sancionado pelo próprio governador Paulo Hartung (PMDB).

O deputado federal Max Filha (PSDB) esteve na Assembleia e afirmou que é necessária a união de forças de diversas instituições, do Ministério Público e do Judiciário para impedir o fechamento das turmas.

Além do problema ocasionado pelo fechamento de turmas de EJA, os participantes também levantaram a questão dos alunos que não têm computador nem acesso à internet, vivem e regiões mais remotas e ficariam impossibilitados de irem aos polos de ensino à distância. A evasão destes alunos preocupa os membros da comunidade escolar.

No final da audiência, foi decidido que buscarão agendar uma reunião do secretário de Estado da Educação, Haroldo Rocha, com membros do Fórum de EJA. O objetivo será o apelo para que as aulas presenciais dessa modalidade de ensino não sejam substituídas por educação online, via computador.

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