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Comunidades de Muniz Freire ainda sem resposta para ensino médio noturno

O ano letivo de 2018 já se iniciou há mais de um mês e duas escolas de ensino médio noturno no interior de Muniz Freire, no sul do Espírito Santo, entorno indireto do Parque Nacional do Caparaó, continuam sem garantias de que voltarão a funcionar.

Na última quarta-feira (7), estudantes e familiares prejudicados pela medida autoritária da Secretaria de Estado da Educação (Sedu), foram à Superintendência Regional de Educação (SER) de Guaçuí para pedir, mais uma vez, a reabertura das unidades.

Cerca de 80 pessoas ocuparam o prédio da SER, e formaram uma comissão para discutir com os gestores presentes, e receberam apenas a promessa de uma visita da Sedu na próxima segunda-feira (12). “Se eles não vierem, ou se vierem e não reabrirem a escola”, nós vamos continuar o protesto, vamos voltar na Superintendência, vamos até o governo do Estado se for preciso!”, afirmou o vereador Jonatas Almeida, o Café (PP), que acompanhou as comunidades.

A reivindicação é pela reabertura das escolas Judith Viana Guedes e Menino Jesus, nas comunidades de Itaici e Menino Jesus, respectivamente, fechadas, pela segunda vez, no final de 2017. A escola Professora Maria Candido Kneipp, em Vieira Machado, tambia havia sido fechada, mas foi reaberta, após quase dois meses de intensa mobilização.

O anúncio da reabertura da escola em Vieira Machado foi feito pelo subsecretário de Educação, Eduardo Malini, no dia 16 de fevereiro. Na época, uma das lideranças do movimento escolar em Muniz Freire, Ailton Vial, membro da associação dos moradores de Itaici, chamou de “covarde” a atitude do governo.

“Paulo Hartung não devia nem pensar em uma coisa destas. A escola de Itaici está a cerca de 20 quilômetros da sede de Muniz Freire. Fechando a escola da comunidade, os alunos terão que viajar mais 20 quilômetros até a sede do município. São 40 quilômetros no total, todo dia. Um absurdo. Não aceitamos uma medida destas de maneira nenhuma. Nunca”, argumentou, usando sua comunidade como exemplo da crueldade que a Sedu quer impingir.

O fechamento das três escolas, na verdade, é ainda mais antigo, aconteceu pela primeira vez em 2015, impedindo mais de 120 adolescentes de estudarem próximo à sua residência, como apregoa a legislação federal. Indignadas, as comunidades recorreram ao Ministério Público Estadual, sendo atendidas pelo promotor Elion Vargas Teixeira.

Ao julgar a ação, o juiz Marcos Antônio Barbosa de Souza concedeu liminar exigindo o funcionamento das escolas em 2016 e 2017. No final do ano passado, no entanto, o governo estadual recorreu da sentença e conseguiu suspender a liminar no Tribunal de Justiça (TJES), por meio da decisão do desembargador Dair José Bregunce de Oliveira. O caso está agora na Procuradoria de Justiça de Vitória. 

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