O prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), anunciou em reunião com a comunidade da Ilha de Santa Maria, na manhã desta segunda-feira (12), que o Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Luiz Carlos Grecco, localizado no bairro, não irá mais encerrar suas atividades de forma gradual. A gestão mudou de posicionamento após a comunidade apresentar uma lista com 74 crianças cujos pais querem matricular na unidade de ensino em 2023.
O acordo feito entre o prefeito e a comunidade era de que, caso os moradores apresentassem a lista provando que há demanda para o período integral, o CMEI estaria aberto para novas matrículas. Ao todo, são 60 vagas. A lista apresentada, inclusive, extrapola esse quantitativo, pois conta com 73 crianças. A ajudante de cozinha Rosana Ferreira dos Santos informa que quatro delas farão um ano no início de 2023, por isso, não poderão ser matriculadas. Das 69 restantes, vão ser priorizadas as que já estudam no CMEI.
Rosana acredita que pode acontecer caso de mudança de alguma família da comunidade ou outras situações que possam fazer com que alguns pais desistam de fazer a matrícula, diminuindo um pouco a quantidade de crianças. Ela informa também que ainda tem famílias querendo colocar nome na lista, mas essas terão que ficar na de espera.
A gestão de Lorenzo Pazolini havia anunciado que os atuais alunos iriam prosseguir na escola em 2023, mas a unidade de ensino não receberia novas matrículas. Assim, à medida que os estudantes fossem avançando e indo para o ensino fundamental, turmas seriam fechadas, até que não houvesse mais nenhum aluno na escola, encerrando suas atividades, o que indignou os moradores, motivando que se mobilizassem.
As opções de CMEI dadas aos moradores que querem matricular seus filhos em 2023 foram na Ilha de Monte Belo, Jucutuquara e Avenida Vitória. Como o Luiz Carlos Grecco atende aos moradores da parte alta da Ilha de Santa Maria, caso a creche fechasse, eles teriam que subir e descer morro ao levar e buscar as crianças na escola, algumas vezes, com elas no colo, o que se torna difícil para os idosos, por exemplo.
Outro problema seria o investimento que as famílias teriam que fazer em transporte escolar, diante da possibilidade de que não haja pessoas que possam levar nem buscar as crianças. Rosana afirma que algumas famílias chegaram a procurar essas creches, mas não conseguiram vaga. Ela afirma que, depois da reunião, algumas mães chegaram a chorar diante da conquista. “Agora posso trabalhar com tranquilidade, sabendo que meu filho está em um lugar seguro”, comemora