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Cursinho Risoflora realiza formação sobre educação popular

Funcionando há cinco anos no bairro Maria Ortiz, em Vitória, o Cursinho Popular Risoflora está realizando este ano um ciclo de formações voltado para professores que queiram se aproximar dos conceitos e práticas da educação popular. A última etapa acontece no dia 27 de julho,de 8h às 17h, com inscrições abertas a partir desta quarta-feira (10) por meio de formulário online. A inscrição tem um valor de R$ 10 para cobrir o custo com o almoço. O local é a EMEF Juscelino Kubitschek de Oliveira, em Maria Ortiz.

A atividade será realizada em duas partes, tendo como convidados Douglas Belchior, professor de História e coordenador do cursinho Uneafro, em São Paulo, e Roberta Traspadini, professora da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), coordenadora do Observatório de Educação Popular e Movimentos Sociais da América Latina (Obepal) e educadora nos cursos de formação da Via Campesina, movimento mundial de camponeses. Douglas trará como tema “Perspectivas e desafios da educação popular do povo negro: cursinhos populares e a experiência do Uneafro”. Roberta aborda “As experiências e os desafios da educação popular no Brasil e na América Latina”. 

Foto: Divulgação

Um dos coordenadores do Risoflora, Gutemberg de Oliveira, explica que a proposta deste curso, almejado há muito tempo, é promover a formação dos educadores voluntários que atuam no cursinho, além de outros que possam se interessar pelo tema. “Muitos se aproximam e até começam a participar de uma experiência de educação popular sem ter muita experiência na prática educativa e com a complexidade que é a educação popular, que não é meramente uma transferência de conhecimentos”, explica. 

Entre as questões que permeiam o Método Risoflora de Educação Popular estão a educação afrocentrada, buscando o resgate dos conhecimento ancestrais e produções científicas do povos africanos e afrobrasileiros; a consciência e respeito pela diversidade sexual e a educação de gênero, a educação periférica com foco no processo de ensino e aprendizagem com pessoas de periferia, e a experiência de educação popular como práticas de luta e resistência na perspectiva de uma educação libertadora. “São conteúdos que nos remetem a uma descolonização do conhecimento eurocêntrico e hegemônico imposto nas instituições educacionais, e nas demais instituições da sociedade”, afirma Gutemberg.

Foto: Divulgação

No primeiro módulo do curso de formação, o tema foi afrocentricidade e educação. No segundo, gênero e sexualidade como questão de direito e educação. Ambas contaram com performance de artistas colaboradoras do cursinho, agregando a arte como linguagem para reflexão sobre as questões sociais e educacionais.

Nesta terceira etapa, dois reencontros especiais: com Roberta Traspadini, formada na Ufes e que no momento se encontra realizando cooperação técnica na mesma universidade, e com Douglas Belchior, que esteve em Vitória em 2014 e participou de um das reuniões em que se discutia a criação do Risoflora, inspirado na experiência do Uneafro.

 

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