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​Decisão sobre ensino híbrido na Ufes é adiada pela segunda vez

Votação estava prevista para ocorrer no Conselho Universitário nesta terça, mas foi retirada de pauta

A transição do ensino remoto para o ensino híbrido na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) foi adiada mais uma vez. Prevista para ser analisada pelo Conselho Universitário nesta terça-feira (31), a discussão foi retirada de pauta e será votada em uma outra sessão, que ainda será agendada. Caso seja aprovada, parte das atividades presenciais seriam retomadas no próximo semestre letivo, que se inicia no dia 3 de novembro.

De acordo com a Ufes, a Comissão de Legislação e Normas (CLN) solicitou mais prazo para análise e encaminhamento de um parecer. O protocolo está previsto no regimento interno do Conselho Universitário.

“Por este motivo, a discussão sobre a possibilidade de migração da Fase 2 (em que prevalecem as atividades remotas) para a Fase 3 (marcada pelas atividades híbridas) do Plano de Contingência da Ufes foi retirada de pauta e será realizada em uma outra sessão, em data a ser agendada”, informou.

Nessa próxima etapa, o retorno presencial dos estudantes seria escalonado juntamente com o Ensino-Aprendizagem Remoto Temporário e Emergencial (Earte), em vigência no momento.

De acordo com a Ufes, o ensino híbrido não significará a oferta presencial de todas as disciplinas curriculares, mas se restringe à carga horária prática das disciplinas teórico-práticas e práticas que exigem o uso de laboratórios e trabalhos de campo.

Na última sexta-feira (27), a universidade capixaba divulgou um documento com o título “Diretrizes Gerais de Migração Para a Fase 3 do Plano de Contingência da Ufes”. Trata-se de um conjunto de informações sobre os encaminhamentos administrativos para a transição, baseado em todos os relatórios relacionados ao Plano de Contingência e ao Plano de Biossegurança da instituição.

Apesar disso, a retomada de parte das atividades presenciais na universidade ainda não é um consenso. Enquanto a administração central argumenta que a retomada é uma orientação do Comitê Operativo de Emergência para o Coronavírus da Ufes (COE-Ufes), alunos e professores se dividem sobre a data de retorno. Uma outra tentativa de votação da proposta no Conselho Universitário já havia sido adiada no mês de julho.

Nessa segunda-feira (30), o Diretório Central dos Estudantes da Ufes (DCE) informou que compreende que qualquer decisão tomada possui seus prós e contras. “Nosso desafio como DCE é representar os estudantes em sua diversidade, portanto, compatibilizando os que acreditam ser viável o retorno de atividades presenciais (disciplinas práticas e laboratoriais), fundamentais para a conclusão de cursos de muitos em reta final, e aos que entendem que somente a partir da imunização completa é possível pensar em um retorno, que seja garantindo também o direito pela ampliação na formação e outros direitos aos que assim se sentem mais seguros”, ressaltou.

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