Votação estava prevista para ocorrer no Conselho Universitário nesta terça, mas foi retirada de pauta
De acordo com a Ufes, a Comissão de Legislação e Normas (CLN) solicitou mais prazo para análise e encaminhamento de um parecer. O protocolo está previsto no regimento interno do Conselho Universitário.
“Por este motivo, a discussão sobre a possibilidade de migração da Fase 2 (em que prevalecem as atividades remotas) para a Fase 3 (marcada pelas atividades híbridas) do Plano de Contingência da Ufes foi retirada de pauta e será realizada em uma outra sessão, em data a ser agendada”, informou.
Nessa próxima etapa, o retorno presencial dos estudantes seria escalonado juntamente com o Ensino-Aprendizagem Remoto Temporário e Emergencial (Earte), em vigência no momento.
De acordo com a Ufes, o ensino híbrido não significará a oferta presencial de todas as disciplinas curriculares, mas se restringe à carga horária prática das disciplinas teórico-práticas e práticas que exigem o uso de laboratórios e trabalhos de campo.
Na última sexta-feira (27), a universidade capixaba divulgou um documento com o título “Diretrizes Gerais de Migração Para a Fase 3 do Plano de Contingência da Ufes”. Trata-se de um conjunto de informações sobre os encaminhamentos administrativos para a transição, baseado em todos os relatórios relacionados ao Plano de Contingência e ao Plano de Biossegurança da instituição.
Apesar disso, a retomada de parte das atividades presenciais na universidade ainda não é um consenso. Enquanto a administração central argumenta que a retomada é uma orientação do Comitê Operativo de Emergência para o Coronavírus da Ufes (COE-Ufes), alunos e professores se dividem sobre a data de retorno. Uma outra tentativa de votação da proposta no Conselho Universitário já havia sido adiada no mês de julho.
Nessa segunda-feira (30), o Diretório Central dos Estudantes da Ufes (DCE) informou que compreende que qualquer decisão tomada possui seus prós e contras. “Nosso desafio como DCE é representar os estudantes em sua diversidade, portanto, compatibilizando os que acreditam ser viável o retorno de atividades presenciais (disciplinas práticas e laboratoriais), fundamentais para a conclusão de cursos de muitos em reta final, e aos que entendem que somente a partir da imunização completa é possível pensar em um retorno, que seja garantindo também o direito pela ampliação na formação e outros direitos aos que assim se sentem mais seguros”, ressaltou.