Votação ocorrerá nos próximos dias 24 e 25; duas chapas estão na disputa para o período 2023-2024
A Chapa 1 é formada pelos movimentos Enfrente, Movimento Popular da Juventude (MPJ), Levante Popular da Juvetude, Kizomba, Para Todos, União da Juventude Socialista (UJS) e Movimento Participa. Ela chegou a ser indeferida por não cumprir as cotas para pessoas trans/travestis/não-bináries e estudantes dos campi de Alegre (sul do Estado), mas, após recurso e nova apresentação de documentação, segue normalmente no pleito. O atual presidente do Diretório, Emanuel Couto, integra o grupo.
Já a Chapa 2 é constituída pelos movimentos Unidade Popular (UP), União da Juventude Comunista (UJC), Movimento por uma Universidade Popular (MUP) e Ecoar. O bloco se coloca como de oposição, apesar de a UJC e o Ecoar terem participado da última gestão.
Ao todo, a diretoria do DCE conta com 19 cargos. Após a divulgação do resultado final, a chapa vencedora deverá encaminhar à Comissão Eleitoral a lista dos nomes que atuarão na gestão. No caso da indicação dos representantes estudantis nos conselhos universitários, as duas chapas terão direito a fazer indicações, tendo o bloco vencedor a possibilidade de apresentar um percentual maior de estudantes.
Em um texto publicado em setembro último, a UJC Capixaba disserta sobre uma autocrítica à sua participação na última gestão do DCE, em uma composição com diferentes políticas presentes na Ufes naquele momento. A entidade analisa que foi necessário um esforço de atuação com grupos divergentes, num contexto de enfrentamento ao bolsonarismo, mas avalia que esse não foi um processo sem contradições.
Em um dos trechos está uma avaliação sobre a ocupação da Reitoria, no primeiro semestre, em protesto contra as condições do Restaurante Universitário. Para a UJC, foi um erro manter uma reunião convocada pelo reitor, minutos antes de os estudantes terem sido informados de medidas punitivas.
“Falhamos como entidade em não dirigir a estudantada nos processos organizativos que exige uma ocupação, de tal modo que as decisões puxadas pela base estavam sendo tomadas sem antes passar por uma plenária e as tarefas tocadas sem as comissões. No decorrer da ocupação fomos acertando a linha política-organizativa de forma que a base estudantil se tornou protagonista nesse processo”, diz um trecho.