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Eleição para Reitoria da Ufes terá duas chapas

Professores Edinete Maria Rosa e Eustáquio Vinicius Ribeiro de Castro encabeçam os blocos concorrentes

A Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) divulgou, nesta quinta-feira (21), que duas chapas estão inscritas no processo eleitoral para escolha de reitor e vice-reitor para o quadriênio 2024-2028. Um delas é encabeçada por Edinete Maria Rosa, tendo Maria Lúcia Teixeira Garcia como vice, e a outra é formada, respectivamente, por Eustáquio Vinicius Ribeiro de Castro e Sonia Lopes Victor. O primeiro turno está marcado para 8 de novembro, e o segundo, se houver, para 22 de novembro.

Edinete Maria Rosa é professora do Departamento de Psicologia Social e do Desenvolvimento e diretora do Centro de Ciências Humanas e Naturais (CCHN), e Maria Lúcia Teixeira Garcia é docente do Departamento de Serviço Social. A chapa faz parte do Movimento Ufes +, ligado a Ethel Maciel, que foi eleita pela comunidade acadêmica na consulta informal para a reitoria em 2019, mas não referendada pelo então presidente Jair Bolsonaro, que nomeou Paulo Vargas em seu lugar.

Na outra chapa, Eustáquio Vinicius Ribeiro de Castro é professor do Departamento de Química e vice-diretor do Centro de Ciências Exatas (CCE), e Sonia Lopes Victor é professora do Departamento de Teorias do Ensino e Práticas Educacionais. Os dois fazem parte do movimento #Ufes_Com_Orgulho.

De acordo com o cronograma eleitoral da Ufes, o início da campanha do primeiro turno será na próxima segunda-feira (25). As chapas terão até o dia 29 de setembro para entregar os planos de trabalho e previsão orçamentária à comissão eleitoral. Os debates com os candidatos estão agendados para os dias 17 de outubro, no campus de São Mateus, norte do Estado; 25 de outubro, no campus de Alegre, no sul; 1º de novembro, no campus de Maruípe, em Vitória; e 6 de novembro, no campus de Goiabeiras, também em Vitória.

Pesquisa informal

O processo eleitoral para os cargos de reitor e vice-reitor universitários é baseado em uma pesquisa informal, da qual podem participar como votantes todos os professores, técnicos administrativos e estudantes regularmente matriculados na graduação presencial e a distância, na pós-graduação (doutorado e mestrado), na residência médica e residência multiprofissional. Entretanto, o resultado final é definido pelo Colégio Eleitoral, composto por integrantes dos três Conselhos Superiores da Universidade, que indicam uma lista de três candidaturas. Uma delas é sancionada pelo presidente da República, que não é obrigado a nomear a chapa mais votada na pesquisa.

Nas últimas décadas, tradicionalmente, o presidente vinha acatando a decisão da maioria da comunidade acadêmica, mas isso não se repetiu a partir do governo de Jair Bolsonaro. No Espírito Santo, a chapa formada pela professora Ethel Maciel – atual secretária nacional de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA) do Ministério da Saúde – foi a mais votada, mas não sancionada por Bolsonaro. Situação semelhante se deu em diversas universidades e institutos federais do Brasil.

A expectativa agora é para saber se o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) retomará a tradição de acatar a escolha da comunidade acadêmica. Em reunião com reitores de universidades e institutos federais realizada em janeiro, conforme noticiado na imprensa nacional, Lula prometeu que respeitaria a autonomia das instituições.

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